Apoio ao movimento LGBT gera briga entre torcedores do Paysandu



No último jogo do Paysandu, dia 30/06/2017, no estádio da Curuzu, contra o Luverdense, pela série B do campeonato brasileiro 2017, ocorreu um incidente envolvendo a Banda Alma Celeste. Houve agressão aos membros da torcida (inclusive mulheres) e danos ao patrimônio (danos e roubo de instrumentos).

Para esclarecer a situação, a diretoria da Banda Alma Celeste divulgou a seguinte nota:

O governo do Estado do Pará lançou uma campanha de conscientização contra a homofobia, sendo apoiado por clubes paraenses, dentre eles o Paysandu Sport Club. Nesta campanha, uma bandeira LGBT foi exposta no mangueirão, num RE X PA válido pelo campeonato paraense 2017.

A Alma Celeste aderiu a esta campanha também, além de ter extinguido cânticos homofóbicos durante os jogos.

Além disso, a Alma Celeste expôs uma bandeira LGBT no jogo Paysandu x Santos, válido pela copa do brasil 2017.

Após este ato, a Alma Celeste passou a ser perseguida nas redes sociais, por outros segmentos da própria torcida do nosso clube.  A perseguição, através de ameaças e xingamentos, aumentou quando a banda recebeu um prêmio em São Paulo pela postura adotada e concedeu uma entrevista sobre o tema em um canal esportivo de visibilidade nacional na TV fechada.

Vale dizer que esse prêmio não tem qualquer valor financeiro, conforme foi levianamente divulgado por algumas pessoas em redes sociais. Não recebemos dinheiro por nenhum tipo de ação que a banda promova ou participe.

O INCIDENTE

Após o apito final do jogo entre Paysandu x Luverdense, membros de uma torcida organizada que frequenta os jogos, chegaram ao setor onde a Alma Celeste fica localizada para concretizar as ameaças feitas nas redes sociais. Estes, questionaram a postura da Alma Celeste e a presença da bandeira LGBT no estádio, com palavras de baixo calão e ameaças. Um destes membros da torcida organizada estava armado e disse que não costumava ficar ameaçando.

A postura dos membros da Alma Celeste foi defensiva e estávamos apenas escutando o que eles teriam a dizer.  No entanto, um dos membros da torcida organizada, que estava bastante exaltado, começou a aumentar o tom das ameaças e se dirigir aos instrumentos da banda. Neste momento, a agressão começou: Os membros desta torcida organizada agrediram mulheres, danificaram e roubaram instrumentos.

Durante este incidente, não existiam seguranças presentes e  quando a polícia chegou para fazer uma intervenção, os membros da torcida organizada já haviam saído do estádio e fizemos um relato inicial a eles.

APOIO

A Banda Alma Celeste oferece apoio e se solidariza a todas pessoas que sofreram qualquer tipo de agressão, lamenta que a violência ainda seja usada como instrumento e repudia totalmente as cenas ocorridas e relatadas.

Por fim, gostaríamos de agradecer a todos e que nos apoiaram direta e indiretamente e lembramos que estaremos presentes para apoiar Paysandu Sport Club onde quer que seja.

Att- Banda Alma Celeste