Marabá foi o município que registrou no mês de junho o maior saldo
positivo de empregos, com 631 novos vínculos empregatícios, seguido por
Xinguara, com 187 vínculos, e Tucumã, com 162. É isso que apontam os dados do
Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), oriundos do Cadastro Geral de
Empregados e Desempregados (Caged), sistematizados pela Fundação Amazônia de
Amparo a Estudos e Pesquisas (Fapespa).
O resultado do Mercado de Trabalho paraense pode ser avaliado também
pelo tamanho do estabelecimento. O comportamento positivo, no último ano, das
empresas com até quatro registros empregatícios, se mantém na análise do
referido mês, com 2.161 novos contratos formais, sendo a maioria do setor do
Comércio, que registrou 776 novos vínculos. Das nove faixas de tamanho de
estabelecimentos em análise, cinco apresentaram resultados positivos no estoque
celetista estadual. No acumulado do primeiro semestre de 2017, somente a faixa
de até quatro empregados apresentou incremento de postos de trabalho (12.262
postos) no estado.
Ainda, de acordo com o informe, o mercado de trabalho paraense encerrou
o mês com a geração de 667 novos postos de trabalho, resultado de 21.870
admissões contra 21.196 desligamentos. Esse resultado interrompe uma série de
20 meses consecutivos com saldos negativos, iniciada em outubro de 2015.
Ao analisar os registros de empregos por setor produtivo, observa-se que
cinco apresentaram resultados positivos, sendo que o maior saldo foi verificado
na Indústria de Transformação, com 796 novos postos, seguido pela Agropecuária,
que registrou 376 novos vínculos, e Construção Civil, com 232. Observando o
acumulado no primeiro semestre de 2017, somente três setores apresentaram
saldos positivos: Serviços Industriais de Utilidade Pública, com saldo de 194;
Serviços, que registrou 148 postos, e Agropecuária, com 83 postos.
De acordo com o presidente da Fapespa, Eduardo Costa, “a deterioração do
mercado de trabalho paraense e demais UFs está intimamente atrelada ao consumo
de bens e serviços, que segue ainda vivenciando restrições de consumo e
investimentos, mediante a conjuntura econômica atual do país, mesmo que em
menor escala, observada desde 2015. Esse cenário de perda de postos de trabalho,
observado no primeiro semestre de 2017, gera redução da massa salarial
disponível na economia, o que produz efeitos desfavoráveis no consumo, gerando,
assim, implicações diretas no mercado de trabalho e reafirmando a retração do
patamar produtivo do estado”, finalizou.