A população de Belém vem se preocupando com o aparecimento constante da
conjuntivite nas últimas semanas. Essa inflamação ocorre com mais frequência
durante o verão. O calor, o suor e o tempo seco criam uma condição favorável
para o aparecimento e a disseminação da doença. De acordo com especialistas,
piscinas não tratadas, lagos e a água do mar podem ser meios de transmissão,
dependendo da contaminação da água.
Segundo a coordenadora de Enfermagem da Universidade da Amazônia
(UNAMA), Renata Silva Lopes, a conjuntivite é uma doença que se caracteriza
pela inflamação da conjuntiva, membrana transparente que recobre o globo ocular
e a parte interna da pálpebra, causada por agentes tóxicos, alergias, bactérias
ou vírus.
Os principais sintomas da conjuntivite são: Olho vermelho e
lacrimejante, inchaço nas pálpebras, intolerância à luz, visão embaçada e
secreção. A maioria das conjuntivites é viral e altamente contagiosa muito
frequente no verão, e apesar de não ser grave provoca muito incômodo e alguns
cuidados devem ser tomados.
De acordo com Renata, não existe tratamento específico para conjuntivite
viral. “Para diminuir os sintomas e o desconforto pode-se utilizar água limpa e
filtrada ou soro fisiológico gelado e compressas (frias) sobre as pálpebras,
limpar os olhos com frequência, ou ainda, usar colírios lubrificantes e
lágrimas artificiais”, explica.
Não utilizar receitas caseiras como suco de limão e água boricada, que
contém o ácido bórico e pode causar outros danos aos olhos, que já estão
sensibilizados com a inflamação. A conjuntivite bacteriana deve além desses
cuidados, usar colírios e antibióticos prescritos somente pelo oftalmologista.
Algumas medidas podem diminuir o risco de adquirir uma conjuntivite.
“Hábitos de higiene, lave as mãos com frequência e não coloque-as nos olhos,
não use maquiagem de outras pessoas (e nem empreste as suas), evite
compartilhar toalhas de rosto e celular, use óculos de mergulho para nadar, ou
óculos de proteção se você trabalha com produtos químicos, não use medicamentos
(pomadas, colírios) sem prescrição (ou que foram indicados para outra pessoa).
Evite nadar em piscinas sem cloro ou em lago”, concluiu a enfermeira.