Entidades vão lutar contra a construção da Ferrovia Paraense



Em parceria com a Defensoria Pública do Estado do Pará, a frente de luta contra a construção da Ferrovia Paraense, formada por pesquisadores da Universidade Federal do Pará (UFPA), representantes de instituições dos movimentos sociais, representantes de comunidades indígenas, quilombolas e demais comunidades atingidas pelo projeto, convidam a imprensa para coletiva a ser realizada nesta segunda-feira 21 de agosto, em Belém.

A pauta se centra na denúncia do projeto da parceria entre o Governo do Estado e empresas privadas, que visa a construção de uma ferrovia com 1.312 km e atravessa 23 municípios do Pará, projetada de Norte a Sul do estado com o objetivo de exportar milhões de toneladas de minério à China, Japão, Estados Unidos e Europa. Com esse empreendimento, os estudos apontam que centenas de comunidades tradicionais e povos indígenas devem ser impactados diretamente e devastação ambiental torna-se incalculável.

A defensoria pública alega que para a realização do empreendimento, os povos indígenas, comunidades quilombolas e demais populações tradicionais devem ser informadas e consultadas previamente, conforme prevê a Convenção 169 da OIT. Porém, sem realizar esta consulta o Estado já está convocando audiências públicas para dar publicidade à concretização do empreendimento. Em Belém, a audiência pública está marcada para o próximo dia 23 de agosto, no auditório da FIEPA.
 
Além do defensor público do estado que acompanha o caso, Johny Giffoni, estarão presentes pesquisadores da Universidade Federal do Pará (UFPA), representantes da Federação de Órgãos para Assistência Social e Educacional (FASE), do Conselho Indigenista Missionário (CIMI), do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) e demais representantes de comunidades indígenas, quilombolas, agricultores e agroextrativistas que serão diretamente impactadas pelo projeto do Governo do Estado.


Related Posts: