Moradores de Barcarena temem vazamento de rejeito da Indústria de Alumina


Lideranças comunitárias do município de Barcarena denunciam a ameaça de rompimento das bacias de contenção de rejeito da indústria de alumina, instalada a 30 quilômetros de Belém. Segundo as denúncias, o aumento das águas, nesse período de chuvas intensas região, está deixando as bacias de resíduos tóxicos na iminência de vazamento da lama vermelha e outros produtos químicos, que podem afetar os igarapés, rios, lagoas, o lençol freático e as matas do entorno do complexo industrial da Norks Hyrdro.

Segundo a senhora Maria do Socorro Silva, do povoado de Burajuba, líder de 112 comunidades, que representam 30 mil associados, já ocorreram vazamentos, duas semanas atrás, o que levou a empresa de origem norueguesa a colocar, às pressas, 500 sacas de areia em torno das bacias mais ameaçadas. As bacias têm, em média, cerca de 30 metros de altura.

O senador paraense Paulo Rocha, do PT, informou que já encaminhei um pedido de investigação ao Ministério Público do Pará, através do Centro de Apoio às Promotoria de Meio Ambiente, e apelo ao Ministério do Meio Ambiente para que também apure essa denúncia de iminência de rompimento das bacias de contenção de rejeito da alumina em Barcarena, e “coloque a sua estrutura em ações preventivas para que evitemos, ao lado de Belém, um desastre semelhante ao que ocorreu em Mariana e afetou o Rio Doce”.

“Apelo também ao governador do Pará, Simão Jatene, para que acione imediatamente a Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) a fim de acompanhar e agir antes que seja tarde e que venhamos a lamentar a perda de vidas humanas e a destruição do meio ambiente em torno do Distrito Industrial de Barcarena”, disse ele.



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