A polícia do Pará já prendeu e
autuou em flagrante nesta terça-feira (3) dois acusados de envolvimento no
assassinato do lutador de MMA (Artes Marciais Mistas) Adriano Sylberth Santa
Pereira, o Adriano Mamute. Erick de Souza Silva, 22 anos, e Gabriel da Silva e
Silva, 21, foram presos por policiais militares e apresentados na Delegacia de
Homicídio do Distrito de Icoaraci, em Belém, na tarde de ontem.
Ao delegado Carlos Ivan Pinheiro,
titular da Delegacia de Homicídios, que preside as investigações, os presos
negaram o crime, mas confirmaram que estavam no local do crime e deram apoio
aos homicidas. De acordo com a polícia, quatro pessoas estão envolvidas na
morte de Adriano Mamute, mas a motivação do crime ainda não foi esclarecida.
Com os presos, os policiais
militares apreenderam um revólver calibre 38 e 35 “petecas” de maconha (tipo
limãozinho), uma droga produzida em laboratório para ter efeito entorpecente
superior ao da maconha comum. A arma, explicou o delegado Carlos Ivan, passará
por perícia de comparação microbalística no Centro de Perícias Científicas
"Renato Chaves", em Belém. "A gente não descarta que a arma pode
ter sido usada na morte do lutador", informou o policial civil. A arma
pertence ao preso Erick de Souza, que negou que tenha sido usada na morte de
Adriano Mamute. Segundo ele, o disparo foi feito com outro revólver calibre 38.
Os policiais já estão investigando outros suspeitos de participação no crime.
Ainda segundo o delegado Carlos
Ivan, os presos também foram reconhecidos como envolvidos na tentativa de
homicídio de um policial militar ocorrida na tarde desta terça-feira, no Bairro
da Brasília, no Distrito de Outeiro. O carro do policial foi alvo de vários
disparos, mas o militar saiu ileso. A vítima reconheceu os dois presos. Dessa
forma, os dois também foram autuados em flagrante pela tentativa de homicídio
do militar. Os presos responderão ainda por tráfico de drogas e porte ilegal de
arma de fogo.
O delegado disse ainda que as
prisões ocorreram enquanto os policiais militares perseguiam envolvidos na
tentativa de assassinato do policial militar. Após esse crime, acrescentou
Carlos Ivan, os acusados atravessaram de barco o rio entre os distritos de
Outeiro e Icoaraci. Ao chegaram a Icoaraci, os acusados foram presos pelos
policiais militares que já os aguardavam no local.