Lançamento de “Sátiras de Um Ribeirinho” e “Líricas Ribeirinhas e Outras Margens”


Obra satírica e poética de juiz paraense é lançada na Feira do Livro Criador do personagem Epaminondas Gustavo, que viralizou no aplicativo de celular WhatsApp, o juiz paraense Claudio Rendeiro estreia no mundo literário com dois livros editados pela Imprensa Oficial do Estado (IOE). As obras serão lançadas na XXII Feira Pan-Amazônica do Livro, nesta sexta-feira, 8, às 19h30, no estande da IOE. Antes, às 18h, haverá um stand up do personagem no auditório Benedito Nunes, no Hangar Convenções e Feiras da Amazônia, com entrada franca.

Intitulados “Sátiras de Um Ribeirinho” e “Líricas Ribeirinhas e Outras Margens”, os livros reúnem as crônicas do personagem Epaminondas Gustavo, que poderão ser ouvidas por meio de um QRCode que será disponibilizado para aparelhos de celular Android e IOS. O “Líricas...” contém a produção poética do juiz escrita ao longo dos anos e que foram recolhidas pelo filho do autor, Pedro Henrique, a quem ele dedica um agradecimento especial.

Epaminondas é o heterônimo de Cláudio Rendeiro (juiz do Judiciário, literato e poeta lírico) autor de textos burlescos gravados por ele no WhatsApp, que retrata cenas revelando modos de comportamento do interiorano paraense (ele mesmo é nascido em São Caetano de Odivelas).

É uma forma de registrar, com valor documental, a alegria de viver e ver o mundo, que torna leve o peso das relações humanas do homem do interior, especialmente o ribeirinho, como observa o poeta e escritor João de Jesus Paes Loureiro, que assina o prefácio do livro. “A obra da oralidade zapeada de Epaminondas Gustavo traduz traços característicos dos costumes no modo ribeirinho de ser e falar e documenta os localismos que se tornam pitorescos com relação à fala e atitudes da cultura dominante na cidade”, comenta.


Segundo Loureiro, Epaminondas Gustavo prefere as histórias de efeito cômico, relâmpagos de atitudes cotidianas dialogadas, apropriadas ao meio eletrônico que é o WhatsApp, como pequenos entreatos separando os dramas do cotidiano que preenchem o teatro virtual do celular.

No livro de poesias, Cláudio Rendeiro não é um poeta que vise a palavra como objeto. “Não pretende lances de erudição e nem de ardores estilísticos em moda” pontua Paes Loureiro. É poeta que faz uma etnopoesia a partir da transfiguração do poético, na potencial perenidade do poema.

Faz com naturalidade seus poemas, na contagiante espontaneidade dos compositores de carimbó, dos contadores de oralidades dos interioranos pintores, dos oleiros da cerâmica de raiz marajoara, da complexa simplicidade dos mitos indígenas transmitidos oralmente, dos rezadores de rituais ribeirinhos.

Serviço:
Lançamento de “Sátiras de Um Ribeirinho” e “Líricas Ribeirinhas e Outras Margens”
Data: 8 de junho, às 19h30, no estande da IOE

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