Polícia Civil prende acusado de aplicar golpes em Belém



A Polícia Civil do Pará prendeu em flagrante, na noite desta quarta-feira, 13, o mineiro Ângelo Vítor Moreira da Costa, 33 anos, acusado de aplicar golpes em dezenas de pessoas em estados como Rio Grande do Sul, Rondônia, Bahia, São Paulo, Fortaleza, Amazonas e Pará. A prisão foi realizada, em Belém, durante ação conjunta de policiais civis da Divisão de Prevenção e Repressão a Crimes Tecnológicos (DPRCT) e do Laboratório de Inteligência Cibernética da Polícia Civil do Pará, após troca de informações com a Polícia Civil de Rondônia.

As investigações mostram que ele estava em Belém provavelmente desde janeiro de 2017. Ele agia por meio do site de compras e vendas OLX. Nesse site, ele oferecia produtos em geral e fazia com que as pessoas interessadas efetuassem o depósito bancário, porém as vítimas não recebiam os objetos. Uma pessoa chegou a registrar boletim de ocorrência na DRPCT denunciando o crime. Para aplicar o golpe, Ângelo Vítor Moreira se identificava pelo nome de Carlos Alexandre Schlavin, um morador do Estado de Rondônia.

Natural de Juiz de Fora (MG), Ângelo foi preso em Belém após a Polícia Civil de Rondônia manter contato com a Polícia Civil do Pará para informar sobre o paradeiro do acusado. A partir do contato, a equipe de policiais civis da DPRCT, sob comando do delegado Carlos Silveira, em conjunto com a equipe do Laboratório de Inteligência Cibernética da Polícia Civil do Pará, sob coordenação da delegada Quésia Cabral, iniciaram o trabalho investigativo.

Os levantamentos envolveram outras investigações realizadas pela Polícia Civil à época de fraudes cometidas por meio do site OLX. Ângelo foi localizado em um apartamento que ele havia alugado há cerca de um mês, no bairro do Reduto, em Belém. Ele teria deixado de pagar o contrato de locação do imóvel no valor de R$ 30 mil.

Além disso, segundo os policiais civis, ele também se alojou na sede da Escola da Arte, localizada na Travessa Quintino Bocaiúva, em Belém, enganando um artista plástico, proprietário do local, fazendo a vítima pagar quantias em dinheiro sob alegação de que o contrataria para trabalhar em uma emissora de televisão.

Ainda de acordo com as investigações, Ângelo é acusado de "contratar" dezenas de pessoas, para supostamente trabalhar como atores. Ele dizia que trabalhava para uma Escola de Atores, com sede na capital paraense, para enganar pessoas que tinham o sonho de se tornarem atrizes e atores.

Para fechar a contratação, ele chegou a cobrar das vítimas o valor de R$ 390, sob alegação de que iriam gravar uma novela "cem por cento paraense". Ele aplicou golpes em, pelo menos, cinco hotéis em Belém, onde se hospedou e não pagou as diárias. Ao ser preso, ele pretendia fugir para o Acre.

Por conta dos golpes, Ângelo foi preso e autuado em flagrante na DPRCT, pelo crime de estelionato. Após o procedimento policial, o preso foi transferido para o Centro de Triagem da Marambaia, em Belém, onde aguarda audiência de custodia na Justiça. Ainda de acordo com as investigações, outras três pessoas estão sendo investigadas pelo envolvimento nos golpes em Belém.