O Terminal de Cargas do Aeroporto
Internacional de Belém fechou o primeiro semestre com alta de 52% na
movimentação de mercadorias. Foram processadas 780 toneladas, 269 a mais que o
contabilizado no mesmo período de 2017.
No comparativo, o destaque ficou
por conta do segmento de importação, que apresentou crescimento de 54%, com 207
toneladas movimentadas. Já no setor de exportações, os números também foram
expressivos, com 573 toneladas e um incremento de 51% nas cargas recebidas.
Fábio Rodrigues, superintendente
do aeroporto, explica os fatores que contribuíram para este cenário positivo. "A operação ela está passando por
esse incremento de movimentação e incremento também de receita seguidamente,
né? Aparentemente é o modal aéreo de logística de carga se fortalecendo na
região e verificando que o Terminal de Carga do Aeroporto Internacional de
Belém tem atrativos que fazem com que a credibilidade do nosso equipamento
esteja sempre crescendo. Uma das coisas que eu posso colocar é o nível de
sinergia que há entre a Infraero, Receita Federal, Vigilância Agropecuária,
Vigilância Sanitária que faz com que a gente consiga, por exemplo, uma carga de
peixe ornamental, que é uma carga viva, que normalmente tem uma nuance de
aprovação, ela consiga ser desembaraçada e estar pronta para embarcar em uma
aeronave com 40 minutos para a exportação. Então assim, esses fatores fazem com
que o aeroporto seja cada vez mais procurado como o foco para importação e
exportação de produtos”.
No dia 16 de junho, teve início a
vigência do contrato de concessão do complexo logístico belenense. A empresa
ganhadora, a Porto Seco Centro Oeste, vai assumir as operações de Logística de
Carga na capital paraense.
Fábio Rodrigues destaca que esta
concessão vai ampliar o portfólio de serviços oferecidos pelo terminal de
cargas de Belém e estabelecer uma parceria com a iniciativa privada nos
negócios.
“A Porto Seco por força do
contrato tem um prazo de 90 dias, que pelas nossas contas é setembro, para
operar efetivamente já sem a operação assistida da Infraero, com um prazo de 10
anos de contrato para essa operação. E nesse meio tempo, a gente espera que
haja ganhos para Infraero, haja ganhos para o operador, e fundamentalmente, que
quem ganhe de fato seja o importador, seja o exportador, seja toda a cadeia
logística de carga aérea do Brasil”.
Os itens que lideram as
importações do Terminal de Carga belenense são de empresas do ramo da
mineração, metalurgia e construção naval. E entre os produtos exportados, o
destaque ficou com a bexiga de peixe e o peixe ornamental.