Nesta quinta-feira, 27, a comunidade
acadêmica da Universidade do Estado do Pará (Uepa) e o público externo poderão
prestigiar a primeira Mostra Acadêmica-Cultural-Indígena do Núcleo de Formação
Indígena (Nufi) da Uepa. Na ocasião, serão expostos cerca de 40 trabalhos, em
formato pôster, produzidos por alunos e egressos do curso de Licenciatura
Intercultural Indígena da Uepa.
Organizada pelo Nufi em parceria com o
Grupo de Estudos Indígenas na Amazônia (Geia), a Mostra tem como objetivo
compartilhar com o público Trabalhos de Conclusão de Curso dos egressos
indígenas da Uepa, bem como atividades desenvolvidas no âmbito das disciplinas
desse curso. Durante a exposição, professores da licenciatura farão a
explicação didática dos trabalhos. Além disso, os visitantes poderão fazer um
cadastro gratuito para receberem um certificado com carga horária de duas
horas.
A I Mostra Acadêmica-Cultural-Indígena
ficará disponível para visitação,de 9h às 17h, na área de convivência do Centro
de Ciências Sociais e Educação (CCSE) da Uepa, na Travessa Djalma Dutra, s/n,
bairro do Telégrafo, em Belém.
Licenciatura Indígena
O curso de Licenciatura Intercultural
Indígena da Uepa já formou cinco turmas atendendo os seguintes povos: Gavião;
Surui Aikewara/Aldeia Sororó; Tembé; Wai Wai/Aldeia Mapuera/Território
Etnoeducacional Ixamná; Tapajós Arapyú/Território Etnoeducacional; e Tapajós
Arapiun. Atualmente, a graduação conta com cinco turmas e um total de 206
alunos oriundos dos povos: Assurini do Trocará/Aldeia Trocará; Tapajós
Arapyú/Território Etnoeducacional; Tapajós Arapiun/Aldeia Caruci;
Tembé-Gurupi/Aldeia Cajueiro; e Munduruku do Alto Tapajós.
As aulas ocorrem em sua maioria nas
aldeias, mas também há momentos em que os alunos precisam ter vivência com a
Universidade. Por isso, oficinas, seminários e palestras são ofertados para os
estudantes dentro dos campi.
O curso dispõe de 30 docentes efetivos,
na maioria mestres e doutores, e conta também com professores colaboradores
eventuais. Para dar aulas para os indígenas, os docentes da Uepa passam por um
treinamento especial semestral para se prepararem para as peculiaridades
culturais e linguísticas que encontrarão em sala de aula. Uma didática
intercultural que garante a não resistência das comunidades indígenas à chegada
do ensino superior.