As obras de prevenção à erosão na orla
da praia do Marahu, no distrito de Mosqueiro, foram retomadas esta semana e
devem ser finalizadas até novembro. Em reunião realizada nesta quarta-feira,
25, na Agência Distrital de Mosqueiro (Admos), com moradores e comerciantes da
praia, representantes da Prefeitura de Belém, da Admos e da Construtora Impax,
empresa responsável pela obra, discutiram a melhor forma de realizar os
serviços e mostraram o projeto para os presentes.
A mobilização para a retomada das obras
começou na semana passada, após a liberação da licença ambiental para a
retirada de vegetais da área onde será erguido o novo muro de contenção.
Barracas também precisaram ser retiradas e recuadas. Cerca de 150 novas
espécies serão replantadas como compensação da obra, em uma proporção de três
vegetais para cada um retirado.
De acordo com a empresa responsável pelo
trabalho, o muro será mais reforçado e localizado em uma posição estratégica.
“A praia do Marahu tem uma peculiaridade por ter uma enseada que a deixa mais
exposta a ação da maré. Por isso, o muro foi calculado para ser mais resistente
do que nas outras praias e também recuamos a posição dele mais para dentro do
continente”, explica o engenheiro da Construtora Impax, Luiz Mota.
O muro terá 650 metros de extensão e
contemplará ainda calçada e meio fio. A Prefeitura deverá complementar a obra
com urbanização e iluminação pública. “Até ontem, homens trabalharam na
preparação para as escavações que começam nesta quarta-feira. Verificamos in
loco que já foi feito todo o alinhamento e demarcação do ponto onde será o muro”,
afirmou o diretor de obras da Seurb, Reinaldo Leite.
A principal preocupação dos moradores e
comerciantes discutida na reunião foi com o acesso a praia e barracas durante a
obra. A Impax e a Seurb se comprometeram em realizar os serviços com menos
transtornos possíveis para os moradores. A proprietária de um restaurante na
praia do Marahu, Rosângela Cavalcante, pediu agilidade da obra. “Queremos ver
as máquinas trabalhando e a obra concluída o quanto antes para acabar com
nossos problemas e podermos voltar a trabalhar e tirar nosso sustento do
comércio e oferecer um ambiente atrativo para os frequentadores”, afirmou a
comercialnte.
A Promotora de Justiça de Mosqueiro,
Juliana Dias Ferreira de Pinho Palmeira, também tem acompanhado a retomada da
obras no Marahu e esteve presente no início da reunião.
No começo deste ano, o projeto do Marahu
precisou passar por uma adequação feita pelos especialistas Remo Magalhães e
Julio Alencar. “Depois disso, duas audiências públicas foram realizadas sobre o
novo projeto e a empresa executora precisou realizar vários testes de
tecnologias, tipo de escavações e outros estudos para atender as recomendações
do diagnóstico dos dois engenheiros. Enquanto isso, avançamos nas obras das
outras praias”, explicou o diretor geral da Seurb, José Regis Junior.
Das dez praias previstas no projeto,
cinco já foram concluídas (Paraíso, Bispo, Murubira, Porto Arthur e Chapéu
Virado), três serão concluídas até outubro (Baía do Sol, Praia Grande e
Ariramba) e duas com a finalização até novembro (Marahu e Areião). A obra de
prevenção à erosão em Mosqueiro foi iniciada em outubro do ano passado. O valor
da obra é de aproximadamente, R$ 23 milhões com recursos do Governo Federal,
por meio do Ministério de Integração Nacional.