Os produtores de soja devem ficar
atentos à terceira etapa do "vazio sanitário da soja", que vai de 1º
de outubro a 30 de novembro. Nesse período, os produtores rurais estão
proibidos de cultivar o grão. Essa etapa é voltada para as microrregiões de
Tucuruí, Santarém, Almeirim, Óbidos, Castanhal, Arari, Salgado, Belém, Cametá,
Bragantina, Furos de Breves, Portel, Guamá, Tomé-Açu, Itaituba (municípios de
Rurópolis e Trairão) e Altamira (com exceção dos distritos de Castelo de Sonhos
e Cachoeira da Serra).
A determinação visa controlar a
disseminação da doença ferrugem asiática da soja, causada pelo fungo Phakopsora
pachyrhizi, capaz de provocar prejuízo de até 70% de perda na produção. A fim
de minimizar a possibilidade de proliferação da doença para a próxima safra,
implantou-se o vazio da soja. Dessa forma, sem a planta em campo, o fungo não
tem como proliferar.
Como existem diferenças climáticas entre
as regiões do Estado, foram estabelecidas três etapas de vazio sanitário. Para
fiscalizar o vazio, diversas equipes da Agência de Defesa Agropecuária do Pará
(Adepará) visitam as fazendas com plantação de soja, verificando se há planta
viva.
O cumprimento do “vazio da soja” é uma
obrigatoriedade e é o período de ausência total de plantas vivas de soja. É uma
medida fitossanitária recomendada pela Empresa Brasileira de Pesquisa
Agropecuária (Embrapa), que orienta a eliminação do hospedeiro - a soja - para
reduzir o fungo causador da doença, que provoca queda das folhas e prejudica a
formação dos grãos, reduzindo drasticamente a produtividade das lavouras.