Enquanto a indústria nacional cresce a
passos lentos, a produção no Pará registra avanços. Entre janeiro e setembro
deste ano, a atividade aumentou 9,8% em relação ao mesmo período de 2017 -
quando o saldo do país se limitou a 1,9%. Os números fazem parte da pesquisa
realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgada
nesta sexta-feira (09), que levou em consideração a conjuntura industrial de 14
Estados da Federação, mais a Região Nordeste.
Além do Pará, o levantamento aponta altas
em mais 10 locais pesquisados: Amazonas (7,8%), Pernambuco (7,1%), Rio Grande
do Sul (4,7%), Santa Catarina (4,1%), Rio de Janeiro (3,5%), São Paulo (2,4%) e
Paraná (2,2%). Além desses, tiveram resultado positivo, mas abaixo da média
nacional, Mato Grosso (1,2%), Região Nordeste (0,8%) e o Estado do Ceará
(0,3%).
Já na comparação com setembro de 2017, a
indústria brasileira mostrou retração de 2,0% em setembro de 2018. Ao todo,
sete locais pesquisados apontaram taxas negativas. Neste cenário, o Pará apresentou
o segundo melhor crescimento (14,1%), impulsionado pelo avanço nas indústrias
extrativas (minério de ferro bruto ou beneficiado).
Em primeiro lugar ficou Pernambuco
(15,9%), em decorrência do avanço nas atividades de produtos alimentícios
(açúcar cristal, refinado de cana de açúcar e VHP - Very High Polarization -,
além de carnes e miudezas de aves congeladas). O terceiro melhor avanço
registrado foi no Rio Grande do Sul (12,4%).
Segundo maior avanço - No comparativo de
agosto a setembro deste ano, a indústria nacional teve redução de 1,8%,
colocando sete dos 15 locais pesquisados com taxas negativas. Na contramão
deste processo, o Pará apresentou novamente o segundo maior avanço (3,5%),
perdendo apenas para o Ceará, com 3,7%. As baixas mais intensas foram no
Amazonas (-5,2%), São Paulo (-3,9%), Bahia (-3,3%) e Paraná (-3,1%).
Ainda de acordo com o IBGE, a média
móvel trimestral total da indústria recuou 0,9% no trimestre encerrado em
setembro deste ano frente ao mês anterior, interrompendo a trajetória crescente
iniciada em maio. Em termos regionais, seis locais apresentaram as piores
taxas, com destaque para os Estados do Amazonas (-3,2%), São Paulo (-2,3%),
Paraná (-1,3%) e Minas Gerais (-0,9%). Já Espírito Santo (2,0%), Rio Grande do
Sul (2,0%), Ceará (1,8%), Pará (1,8%), Pernambuco (1,6%) e Mato Grosso (1,2%)
registraram os principais avanços em setembro de 2018.
O setor industrial, ao avançar 1,2% no
terceiro trimestre de 2018, manteve o comportamento positivo do primeiro
trimestre de 2017 (1,5%), mas caiu em relação ao primeiro (2,8%) e segundo
trimestres deste ano (1,7%), comparado a igual período de 2017.
A desaceleração na passagem do segundo
para o terceiro trimestre de 2018 também foi observada em quatro dos locais
pesquisados: Amazonas (de 6,9% para -5,5%), São Paulo (de 4,0% para -1,0%), Rio
de Janeiro (de 4,5% para 3,5%) e Minas Gerais (de -0,8% para -1,1%). O Pará
continuou na crescente, ocupando o quarto maior ganho, de 6,5% para 12,9%,
antecedido por Rio Grande do Sul (de 0,4% para 12,4%), Espírito Santo (de -5,0%
para 3,0%), Pernambuco (de 6,2% para 13,7%). Os outros resultados positivos
foram registrados no Mato Grosso (de -1,3% para 3,5%), Ceará (de -2,8% para
1,0%) e Região Nordeste (de -0,2% para 2,8%).