O Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade
(Ideflor-bio) inaugura neste final de semana a primeira trilha de longo curso
do Pará. Com 30 quilômetros de extensão, a Rota do Guarumã passa pelas cidades
de Belém, Ananindeua, Marituba e Benevides, na Região Metropolitana da capital
paraense. O percurso atravessa as Unidades de Conservação Parque Estadual do
Utinga, Área de Proteção Ambiental Metropolitana de Belém e o Refúgio de Vida
Silvestre Metrópole da Amazônia.
A inauguração será marcada pela realização de trilhas no
sábado (15) e no domingo (16). Quinze pessoas, entre técnicos do Ideflor-bio,
convidados e condutores de trilhas credenciados pelo Instituto, farão o
percurso de retorno da Rota, com saída de Benevides, na manhã de sábado, e chegada
ao Parque Estadual do Utinga, na manhã do domingo.
“Essa trilha é muito importante para a inserção do Pará e da
região amazônica no roteiro nacional de trilhas que existe no Brasil. Na
inauguração contaremos com a participação do coordenador de Uso Público do
ICMbio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade), Pedro de
Menezes. A Rota também é um novo produto turístico para o Estado, que servirá
como vetor de desenvolvimento sustentável para a população local”, conta
Letícia Freitas, turismóloga e técnica do Ideflor-bio, que coordenou o processo
de abertura da trilha.
A Rota do Guarumã pode ser feita em dois sentidos: o percurso
com saída do Parque do Utinga e chegada à Comunidade do Maravilha, em
Benevides, e o caminho de volta, saindo do Maravilha até o Parque. Em cada um
desses percursos os aventureiros encontram diversas riquezas naturais da Grande
Belém, como áreas de floresta, rios e vida silvestre. Também atravessam algumas
comunidades tradicionais da região, como a Nossa Senhora dos Navegantes e a
Quilombola do Abacatal.
Essas comunidades foram capacitadas pelo Ideflor-bio para
receber os aventureiros e oferecer serviços, como alimentação, travessias e
hospedagem para quem não deseja acampar. O Sítio Bom Jesus, em Benevides, é uma
das paradas para alimentação, hidratação e descanso.
Sistema - A Rota do Guarumã é a primeira trilha de longo
curso do Pará a fazer parte do Sistema Brasileiro de Trilhas de Longo Curso,
criado pelo ICMbio. É toda sinalizada, de acordo com as normativas nacionais de
sinalização de trilhas, nos dois sentidos.
Após a inauguração, a Rota do Guarumã será liberada para a
população. Aqueles que desejam fazê-la acompanhados de um condutor habilitado
pelo Ideflor-bio encontram os contatos na página https://ideflorbio.pa.gov.br/rota-do-guaruma/,
além de mais informações e as normais gerais de funcionamento da Rota.
Conservação – As três Unidades de Conservação integradas pela
Rota do Guarumã apresentam diversas características, ideais para o turismo de
natureza. O Parque Estadual do Utinga, no centro de Belém, é uma área de quase
1.400 hectares, com vegetação preservada ao redor e sob os dois mananciais que
abastecem cerca de 70% da população da Região Metropolitana de Belém - lagos
Bolonha e Água Preta. O Parque abriga mais de 300 espécies de plantas e 400
animais, entre aves, espécies terrestres e aquáticas.
A APA Metropolitana de Belém é uma Unidade de Conservação de
uso sustentável que circunda o Parque do Utinga, e dentro da qual são
incentivadas ações de uso e convivência sustentável com recursos naturais
amazônicos. A APA integra o Parque Estadual do Utinga com o Refúgio de Vida
Silvestre Metrópole da Amazônia, formando um corredor ecológico de quase 15 mil
hectares de áreas protegidas.
O Refúgio de Vida Silvestre protege, além de sua exuberante
fauna e flora, uma parcela da história da região, com resquícios arqueológicos
que remontam ao período escravocrata e de engenhos na região. A Rota do Guarumã
permite muita aventura e o contato direto dos visitantes com o rico patrimônio
natural e cultural da Amazônia.