A Defesa Civil Municipal fez nova
vistoria na manhã desta quinta-feira, 14, em três casas de dois pavimentos que
sofreram avarias em seus telhados depois da queda da aeronave de prefixo PT-JIC
no final da manhã de quarta-feira, 13, sobre a construção de um condomínio, no
bairro do Benguí. A primeira vistoria foi feita horas depois do acidente.
As três residências ficam localizadas na
rua Ferreira Filho, em frente ao canteiro de obras do condomínio Aracema, sobre
cuja guarita o monomotor caiu. Na queda, morreu o copiloto Lucas Ernesto dos
Santos, de 24 anos; e o piloto Bruno Alencar Wachekoswski, de 22, sobreviveu e
foi encaminhado em estado grave ao Hospital Metropolitano de Urgência e
Emergência (HMUE), em Ananindeua.
Defesa - O trabalho da Defesa Civil
Municipal teve início na quarta-feira, mas as fortes chuvas não permitiram que
o serviço fosse continuado, por isso a necessidade da retomada do trabalho no
dia seguinte. Na casa 25A moram sete pessoas e nas de número 25B e 24A residem
quatro pessoas em cada.
A Defesa Civil vistoriou as três casas
detalhadamente e constatou que não há abalos estruturais nos imóveis, mas houve
deslocamento das telhas da cobertura, o que fez com que a chuva atingisse os
segundos pavimentos das residências. A casa de número 25B chegou a perder uma
parte das telhas; as duas outras, não.
A coordenadora da Defesa Civil
Municipal, Carol Rezende, e sua equipe fizeram as vistorias técnicas nas três
casas atingidas. Ela garantiu que as pessoas não precisam sair de seus lares.
“Não há necessidade de que as pessoas sejam retiradas de suas casas. O que
constatamos é que não há abalos estruturais nas casas, mas danos no segundo
andar, principalmente por conta do deslocamento de telhas, madeiramento e
atracações, por isso essas famílias não podem e nem devem usar o segundo
pavimento”, afirmou Carol.
A equipe também garantiu que o piso
térreo pode continuar sendo usado pelas famílias. “Fizemos vistorias nos três
imóveis, constatamos os reais danos, elaboramos o relatório de visita, que
servirá de fonte para emissão do laudo pericial. De posse desse documento, as
famílias atingidas terão acesso aos programas assistenciais sociais tanto do
município, quanto do Governo do Estado, e assim poderão fazer os reparos que
serão necessários nas casas”, destacou Carol Rezende.
Famílias - A dona de casa Sônia Maria
Gonçalves, de 54 anos, estava na cidade de Capanema no momento do acidente e,
ao saber do corrido, voltou imediatamente. “Está sendo um transtorno para nós,
porque passamos a noite preocupados, mas vamos acatar o que nos recomendaram e
não usar o segundo andar. O telhado ficou danificado e molhou por causa da
chuva. Espero que tudo seja resolvido rapidamente”, afirmou Sônia.
A casa de Martinha Santos e Silva também
foi atingida. Nela moram quatro pessoas. “Não estava aqui no momento do
acidente, mas o susto foi grande para todos nós”, contou. O telhado da casa não
foi danificado, mas o muro ao lado requer cuidados, porque teve um leve
tombamento.
A casa que mais estragos sofreu foi a de
Dinéia Chunder Negrão, que perdeu telhas e parte da sustentação do telhado.
“Não tem condições de utilizar o segundo andar, porque está sem algumas telhas.
Foi um grande susto porque eu estava na parte de baixo. Não entendi o que havia
acontecido e só depois que percebi que havia corrido o acidente”, contou
Dinéia.
Quem precisar entrar em contato com a
Defesa Civil Municipal pode se dirigir à sede da instituição, localizada na
avenida Júlio César, 1026, bairro de Val-de-Cans. Contatos podem ser feitos
pelo telefone (91) 98439-0646.