Entre
os vários testes preventivos que devem ser feitos em um recém-nascido, está o
teste da linguinha, responsável por diagnosticar a alteração denominada
anquiloglossia, popularmente conhecida como “língua presa”. Este quadro ocorre
devido à formação de uma membrana submucosa que conecta a língua ao assoalho da
boca.
A
coordenadora do curso de Odontologia da UNINASSAU Belém, Leila Hanna, explica
como a “língua presa” dos bebês pode ser prejudicial à amamentação exclusiva
até os seis meses de vida, “a anquiloglossia interfere diretamente na
amamentação, pois os bebês não conseguem succionar o seio da mãe. Muitas mães
desconhecem esse problema, por não realizarem o teste, com isso as mesmas
acabam desmamando precocemente seus filhos; muitas vezes as mães não possuem
recursos financeiros para realizar a cirurgia necessária para a correção da
alteração lingual”, lamenta a coordenadora.
A
anquiloglossia ocorre durante a formação da língua da criança. É necessário
fazer a cirurgia, denominada frenotomia, para soltar esta língua. “Soltando, o
bebê vai abocanhar o mamilo da mãe de forma adequada, e succionar o leite
materno na quantidade suficiente”, explica a Dra. Leila Hanna.
Os
principais sintomas associados à anquiloglossia na amamentação são dor no
mamilo da mãe, dificuldade na ordenha e sucção, que resultam em desmame precoce
e perda de peso. O diagnóstico é feito pelo fonoaudiólogo, por meio do teste da
linguinha, no caso da identificação do problema, a criança é encaminhada para o
otorrinolaringologista ou odontopediatra, responsáveis pela cirurgia.