Vacina é a melhor forma de prevenção contra o Sarampo



Em até dez dias, a contar desta segunda-feira (18), o Brasil vai atualizar o status de confirmação ou negação quanto ao retorno do Sarampo. Apesar de não ter recebido nenhum registro desde o ano passado, o país pode perder o certificado de erradicação da doença por ter três Estados com surtos. São eles: Amazonas, Roraima e o Pará. O documento foi obtido há três anos e pode ser retido quando há a notificação da transmissão da doença no período de um ano.

Para a Enfermeira Mestre em Saúde Coletiva e coordenadora adjunta do curso de enfermagem da UNAMA – Universidade da Amazônia, Hallessa Pimentel, a principal causa do avanço da doença é desatenção com o quadro vacinal. “O sarampo afeta principalmente crianças durante o primeiro ano de vida e em adultos que não tenham sido vacinados. O surto está sendo ocasionado exatamente pela baixa cobertura vacinal - desse grupo - sendo que é necessário ter 95% da população imunizada para estarmos protegidos”, disse gestora.

No Pará, por exemplo, 83,3% dos municípios não atingiram a meta. Em Roraima, foram 73,3% e Amazonas, 50%. “É fácil contágio do Sarampo. Pode ocorrer através da tosse ou dos espirros de uma pessoa infectada, pois o vírus da doença se desenvolve rapidamente no nariz e na garganta, sendo liberado na saliva. É válido ressaltar que é possível se contaminar também por meio da dispersão de gotículas com partículas virais no ar e elas podem perdurar por tempo indeterminado no ambiente, com atenção para os ambientes fechados como escolas, igrejas, clínicas. Em geral, o indivíduo pode ter febre alta, dores musculares e o sintoma mais conhecido como manchas avermelhadas na pele”, ressalta Hallessa.

Como medida emergencial, o Ministério da Saúde ampliou a cobertura da vacina e iniciou uma campanha e para atender as localidades mais distantes, principalmente na região norte. “A melhor forma de prevenção é a vacinação. Elas são ofertadas gratuitamente nos postos de saúde, sem burocracia. Em caso de suspeita da doença é necessário procurar atendimento médico o quanto antes”, finaliza.