Definida como um
conjunto de manifestações graves em todo o organismo produzidas por uma
infecção, a sepse é uma das principais causas de morte nas Unidades de Terapia
Intensiva. Anualmente, cerca de 400 mil novos casos são diagnosticados no
Brasil e aproximadamente 50% das vítimas vão a óbito, segundo o Instituto
Latino Americano de Sepse (ILAS).
No combate a esse
problema, o reconhecimento precoce e o tratamento adequado são determinantes
para o desfecho favorável ao paciente. É por isso que o Hospital Regional do
Sudeste do Pará - Dr. Geraldo Veloso (HRSP), em Marabá (PA), gerenciado pela
Pró-Saúde, implantou o Protocolo de Sepse, que determina as medidas para
padronizar e agilizar o atendimento a pacientes com sepse e choque séptico
atendidos na Unidade.
De acordo com o diretor
Técnico do Hospital Regional de Marabá, Cassiano Barbosa, o combate à sepse é
um trabalho multiprofissional, que envolve médicos, enfermeiros, técnicos de
Enfermagem, fisioterapeutas, nutricionistas, farmacêuticos e a equipe do
Laboratório de Análises Clínicas. "Cada um desses profissionais tem um
papel importante no atendimento ao paciente com sepse ou choque séptico. Dessa
forma, conhecer suas causas, sintomas e formas de tratamento é essencial para
reduzir a letalidade da doença", afirma o diretor técnico.
Dentre as medidas
adotadas para tratar os casos na Unidade se destacam a criação de um indicador
para mensurar a letalidade da sepse em pacientes do Hospital, um fluxograma de
triagem rápida e de um identificador na cor marrom no prontuário dos pacientes,
cabeceira dos leitos e prescrições médicas, para facilitar a visualização do
caso para a equipe.
Quem pode ter sepse?
Qualquer pessoa,
independentemente da idade, pode desenvolver a doença, em especial pessoas
internadas, com predisposição genética e sistema imunológico debilitado, bebês
prematuros, crianças com menos de um ano e idosos acima de 65 anos, além de
portadores de doenças crônicas como insuficiência cardíaca, renal e diabetes,
e, ainda, os usuários de álcool e outras drogas.
A porta de entrada para
a sepse pode ser qualquer infecção. O mais comum é o foco inicial se instalar
em órgãos como os pulmões, gerando uma pneumonia, na pele, através de lesões,
celulite, aberturas para introdução de cateteres e sondas, e no sistema nervoso
central, a partir de uma meningite, por exemplo.