Recente pesquisa realizada pela Ipsos, que
entrevistou 1.200 pessoas em 72 municípios de todo o Brasil, revela que 57% dos
entrevistados desconhecem Urticária, e que 91% não fazem ideia do que é a UCE.1
O Nordeste foi apontado como a região onde a doença é mais desconhecida, apenas 3% da população já ouviu falar.1 O Sudeste é
a região com maior conhecimento sobre a doença, mas ainda assim, conhecida por
apenas 13% dos entrevistados.1 Na sequência, aparecem Norte com 11%, que mesmo
sendo a segunda região que mais conhece a doença, ainda sim é pouco.
Centro-Oeste possui 10% de conhecimento e Sul 7%. A pesquisa foi realizada
pessoalmente, entre os dias 1 e 16 de fevereiro de 2018 e tem erro amostral de
3 pontos percentuais.
Por ser facilmente confundida com outras
enfermidades como alergias e/ou dermatites, os pacientes demoram até cinco anos
para chegar ao diagnóstico correto e, mais ainda, ao tratamento adequado.
Para auxiliar nesse processo, nesse mês
tem início a segunda edição da Campanha de Conscientização “Todos pela causa –
Tudo sobre UCE”. A iniciativa tem por objetivo levar informação para a
população para que as pessoas que sofrem de UCE sejam diagnosticadas mais
rapidamente e tenham acesso ao tratamento adequado.
A imprevisibilidade da doença pode levar
o paciente a um estado mental de ansiedade, distúrbios do sono, exclusão do
convívio social e até depressão. É comum os pacientes dizerem a frase “a UCE
não mata, mas tira a vida da pessoa”.
A UCE é uma doença que, apesar do
estresse que alguns pacientes relatam durante a aparição dos sintomas, a
Urticária Crônica Espontânea não tem relação com crise nervosa como muitos
pensam, ela acontece de surpresa sem avisar e vai embora quando quer. Portanto,
é incorreto chamá-la de “urticária nervosa”, pois não é causada pelas emoções.
Também em 2018, a Ipsos realizou uma
pesquisa qualitativa com pacientes de UCE que relataram que, sem saberem do que
se trata, a ação deles ao aparecer os
primeiros sintomas da doença, é ir ao
pronto-socorro, onde passam por um clínico-geral e, muitas vezes, são medicados
com cortisona e antialérgicos atestando ser alergia.
Após passar o efeito dos remédios, a
crise volta e às vezes até mais forte, segundo relatos de alguns pacientes. É
nesse momento que eles passam a procurar alergistas e dermatologistas
especializados em Urticária Crônica Espontânea. No entanto, há casos relatados
em que os pacientes levam de 2 a 5 cinco anos até chegarem ao diagnóstico da
doença e, finalmente, iniciarem o tratamento adequado5. Todas estas
dificuldades podem fazer com que pacientes desistam de procurar ajuda médica,
mesmo a doença tendo tratamento efetivo.
A primeira linha de tratamento para
todos os pacientes diagnosticados com UCE são os anti-histamínicos H1 de
segunda geração7, podendo a dose ser aumentada em até quatro vezes se os
sintomas não diminuírem7. Para os pacientes que não conseguirem chegar ao
controle completo da doença, adiciona-se ao tratamento o omalizumabe,
medicamento injetável aplicado uma vez por mês.
“O omalizumabe é a medicação de escolha para
os casos que não respondem aos anti-histamínicos. A resposta ao omalizumabe nestes casos é
excelente, e a incidência de efeitos colaterais mínima” afirma o Dr. Luis
Felipe Ensina, médico especialista em alergia e imunologia.
Estudos clínicos mostram que, com o
tratamento correto da Urticária Crônica Espontânea, 92% dos pacientes voltam a
ter qualidade de vida como uma pessoa que não possui a doença.
Para saber mais sobre UCE acesse
www.tudosobreuce.com.br