Um projeto desenvolvido por um grupo de
alunos da Escola Estadual Eduardo Angelin, em Barcarena, está transformando
fibra de coco em compensado. O projeto "Compensado de casca e fibra de
coco" iniciou quando o aluno do 2º ano do ensino médio, Denilson Silva, de
17 anos, não soube como descartar os restos do coco depois de ter retirado a
polpa para que sua mãe fizesse um bolo. "O Denilson então resolveu
pesquisar na internet e depois de encontrar algumas dicas, levou a ideia para a
escola e daí surgiu o projeto", explica a professora e orientadora da
equipe, Dalila Silva.
Sob a co-orientação do professor e
coordenador da feira, Miguel Pereira, o Denilson, juntamente com os alunos e
colegas de equipe Carlos Netto, Thais Paiva, Luanderson Silva e Diego Pena,
aperfeiçoaram a ideia até chegar ao formato do compensado. Depois disso, o
professor conseguiu inscrevê-lo na Mostra de Ciência e Tecnologia da Escola
Açaí (MCTEA) e Movimento Científico Norte Nordeste (MOCINN), realizada dois
meses depois na cidade de Abaetetuba, no interior do Estado. Na época, o
projeto fez tanto sucesso que ganhou o 2° lugar na categoria Ciências
Biológicas, além de um credenciamento dos avaliadores da feira, para a
Exposição de Ciência, Engenharia, Tecnologia e Inovação (Expoceti).
Na Expoceti, os alunos ganharam o 2º
lugar na categoria de Engenharia e dois credenciamentos, um deles a Feira
Nacional e outra Internacional, que ocorrerá no Peru. A Seduc/PA foi uma das
patrocinadoras da viagem dos alunos e dos professores, já que o projeto é feito
100% artesanalmente com todas as despesas custeadas pela própria escola e com a
ajuda dos pais dos alunos. "Consideramos que iniciativas desta natureza,
de nível tão alto de criatividade, precisam ser incentivadas pelo governo do
estado", considera a secretária Leila Freire.
Segundo Dalila, a ideia é que o
compensado possa ser utilizado comercialmente na economia local na fabricação
de móveis, como mesas, armários e guarda roupa, além de painel para jardim e
vasos decorativos.