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Agência Brasil
Usuários da rede social
Instagram no Brasil perceberam uma importante mudança. Entre os recursos da
plataforma o número de “curtidas”, também conhecidas como “likes” que uma
publicação recebe, não fica mais visível para todos os usuários. O tema foi um
dos mais discutidos do dia em outra rede social, o Twitter, e esteve entre os
mais buscados no Google.
A mudança no Brasil
está entre os testes anunciados em abril deste ano durante um evento de
desenvolvedores do Facebook, empresa controladora do Instagram.
A experiência faz parte
de uma série de medidas que o Instagram vem anunciando nos últimos meses para
combater práticas nocivas na rede, como o discurso de ódio ou o bullying na
web. Tais ações são uma resposta a críticas recebidas pela plataforma de que
sua arquitetura e lógica de funcionamento favoreceriam um ambiente prejudicial
ao bem-estar de seus integrantes.
Um estudo da Sociedade
Real para a Saúde Pública, realizado em 2017, apontou o Instagram como a pior
rede social para o bem-estar e a saúde mental de adolescentes. Segundo o
estudo, o Instagram tem impactos importantes em adolescentes, provocando
ansiedade, depressão e solidão, além de outros efeitos como na autoimagem dos
jovens a partir da lógica das fotos.
Felipe Neto, empresário
com canais populares em redes sociais, esteve entre os que vocalizaram essa
análise. Ele afirmou que a medida pode mudar a forma como a internet funciona.
“O Instagram virou uma rede social tão de fomento à vaidade, ao ego que se
transformou em um vírus. É um lugar muito mais negativo do que positivo. Tirar
os likes vai ser interessante. Vai ser interessante tirar as disputas”, comentou
em um vídeo postado em seus canais.
Além dos testes
retirando a visibilidade pública das curtidas, a empresa anunciou algumas
outras ações voltadas a coibir essas práticas. Neste mês, em uma nota, o
diretor Adam Mosseri informou a implantação de uma ferramenta que usa
Inteligência Artificial para questionar o usuário sobre seu conteúdo antes de
postá-lo, se o sistema considerar que este pode ser ofensivo.
“Testes preliminares
desse recurso mostraram que ele encoraja algumas pessoas a rever os comentários
e compartilhar algo que gere menor dano, uma vez que elas tiveram a chance de
refletir”, disse Mosseri no comunicado, divulgado no dia 8 de julho.