Um gesto altruísta e de
amor pode ser a esperança para quem está à espera de um transplante. A doação
de órgãos e tecidos salva muitas vidas e é necessário conscientizar a população
sobre a importância do ato. O dia 27 de setembro é o Dia Nacional da Doação de
Órgãos e, em alusão à data e à campanha "Setembro Verde" realizada em
todo o Brasil, o Hospital Ophir Loyola irá promover palestras, além das
inscrições para I Corrida Pela Vida, a ser realizada no dia 27 de outubro.
Diferentes órgãos e
tecidos podem ser doados, como córneas, coração, fígado, pulmão, rim, pâncreas,
ossos, vasos sanguíneos e pele. Porém, a probabilidade de um indivíduo ser
receptor é maior do que a chance de ser um doador.
"A chance de
encontrar um doador é mínima, a compatibilidade, a falta de informação e de uma
cultura de doação de órgãos são os principais obstáculos para a realização de
transplantes em nossa região", explica o coordenador da Comissão
Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante (Cihdott) do
HOL, Jair Graim.
A Comissão foi
instituída em 16 de janeiro de 2001, responsável pela organização do hospital,
para que haja a detecção de possíveis doadores com o diagnóstico de morte
encefálica, conforme a resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), além de
abordar os familiares de pacientes falecidos e oferecer a possibilidade de
doação.
No Pará, 945 pessoas
esperam por um transplante de córnea e 391 esperam por um rim. A fila aumenta
devido à negativa familiar. "Muitas vezes, a família não conhece a vontade
de doar do parente falecido e não dá a permissão para a doação. Outras se
recusam por questões relacionadas à religião e também pela falta de
conhecimento", ressalta o psicólogo do HOL e integrante do Cihdott, Jairo
Vasconcelos.
O Serviço de
Transplante Renal foi implantado em agosto de 1999 no estado do Pará. Em 2000,
o HOL foi o primeiro em todo o Norte do Brasil a realizar transplante de rim
com doador falecido, aumentando as expectativas de crescimento do número de
cirurgias e dando novas esperanças aos pacientes. Desde que o serviço começou
no hospital, foram realizados 670 transplantes renais. Também credenciado para
realizar transplantes de córnea desde 2008, o HOL realizou 336 cirurgias, que
só foram possíveis pelo generoso ato da doação.
"É necessário um
trabalho contínuo de esclarecimento e conscientização da população sobre a
importância da doação de órgãos. Pensando nisso, nós do HOL, estamos
organizando alguns eventos, como a Corrida Pela Vida, que ocorrerá no dia 27 de
outubro, no Parque Estadual do Utinga", destaca Jairo Vasconcelos.
Para se tornar um
doador, basta comunicar a sua família. A legislação brasileira determina que a
retirada dos órgãos e tecidos para doação só pode ser feita após autorização
dos membros da família. O doador deve ter sofrido morte encefálica (perda
completa e irreversível das funções cerebrais), desta forma seus órgãos permanecerão
aptos para serem transplantados. Pessoas vivas também podem doar, mas apenas
órgãos que não prejudicarão as funções vitais do doador após o transplante.
Programação:
Sexta-feira (20):
palestra Doando Vida - Orientações sobre Transplante de Rim e Córnea
Horário: Das 8h30 às
10h30
Público-alvo:
profissionais ligados às equipes de transplantes, familiares e pacientes
portadores de doenças renais crônicas.
Dia 25/9: palestras
alusivas ao Dia Nacional de Doação de Órgãos
Horário: Das 8h às 11h
Público-alvo: população
em geral