Instituto Liberta e Governo do Pará combate unidos no combate à exploração sexual infantil nas escolas



Nesta quinta-feira (10), Luciana Temer, diretora-presidente do Instituto Liberta assina parceria com o Governo do Estado do Pará que irá viabilizar a realização do Papo Liberta. O objetivo é abrir o diálogo com professores e educadores da rede pública de ensino sobre a importância da conscientização e enfrentamento à exploração sexual infantil. As Rodas de Conversa estão previstas para acontecer em toda a região metropolitana e no interior do Estado.

A solenidade vai acontecer no Palácio do Governo, às 9h, com a presença de Helder Barbalho, governador do Estado, Leila Freire, secretária de Estado de Educação, Leandro Tavares, presidente do Tribunal de Justiça e a cantora Fafá de Belém.

Com essa parceria, o Liberta propõe realizar rodas de conversas com professores de cada uma das escolas estaduais do Pará. Em novembro deste ano, o Papo Liberta acontecerá na capital e região metropolitana, e no início de 2020, nas escolas do interior e Ilhas. Além disso, o Instituto irá disponibilizar cartazes e folders das campanhas para serem expostos nas escolas.

Dez super banners já foram enviados ao Estado para serem colocados em pontos estratégicos de Belém, alertando para o crime. Eles serão expostos durante as festas do Círio de Nazaré, que acontece dia 13 deste mês.


Papo Liberta:

Lançado em fevereiro de 2018, em São Paulo, o Papo Liberta é um projeto liderado por Cristina Cordeiro, diretora adjunta do Instituto, que promoveu mais de 180 encontros com coordenadores, supervisores de ensino, técnicos-pedagógicos, vice-diretores, professores da Escola da Família e professores mediadores de conflitos em 91 diretorias de ensino do Estado desde então.

O objetivo é capacitar e ajudar estes profissionais a identificar casos de exploração sexual de crianças e adolescentes, e orientá-los a agir de forma integrada com a rede protetiva (Assistência Social, Saúde, Conselho Tutela, etc) no combate ao problema.

Para Cristina Cordeiro, “ao levar o debate para os professores, sabíamos que o tema era relevante no ambiente escolar, mas foi surpreendente o número de casos e o sentimento de impotência que eles revelaram”.

O Instituto Liberta acredita na conscientização e articulações como estratégias fundamentais para combater a questão. Segundo Luciana Temer, presidente do Instituto Liberta, “a demonstração de que este é um caminho importante, é o fato de que houve um aumento de 300% do registro de ocorrências escolares de violências sexuais no sistema da secretaria de educação após a realização das rodas de conversa”.

A intenção do Instituto é replicar o Papo Liberta em todo o Brasil.



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