Ainda segundo o Instituto, a degradação
florestal, destruição da floresta por queimadas ou retirada seletiva de
madeira, saltou de 10 km², em novembro de 2018, para 471 km² no mesmo mês, em
2019.
O Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD)
do Imazon detectou, em novembro do ano passado, 354 km² de desmatamento na
Amazônia. Esse número representa um aumento de 23%, em comparação com novembro
de 2018. Pelo quinto mês consecutivo, o Pará foi o responsável pela maior parte
da devastação registrada na floresta. O estado lidera o ranking do desmatamento
com 58% da área total desmatada, em seguida vem Mato Grosso (16%), Rondônia
(9%), Amazonas (8%), Acre (4%), Roraima (3%), Amapá (1%) e Tocantins (1%).
Analisandoo calendário do desmatamento,
qeu compreende os meses entre agosto e novembro do ano passado, o sistema de
monitoramento do Imazon confirma um crescimento das áreas de floresta
derrubadas na Amazônia. No comparativo com os mesmos meses de 2018, o desmatamento
registrado pulou de 1462 km² para 2625 km², um aumento de 80%.
Ranking do desmatamento - O Pará domina
o ranking das municípios que mais desmatam na Amazônia. Dos dez municípios
listados, oito ficam localizados no Pará. Pacajá, no sudeste do estado, aparece
pelo terceiro mês seguido na primeira colocação da lista. Senador José
Porfírio, Portel, Anapu, Novo Repartimento, São Félix do Xingu, Altamira e
Uruará são os outros municípios paraenses presentes no ranking. Cláudia, no
Mato Grosso, e Apuí, no Amazonas, fecham a lista.
As unidades de conservação e as terras
indígenas na Amazônia também foram alvos do desmatamento. A UC que registrou a
maior perda vegetal foi a APA Upaon-Açu/Miritiba/Alto Preguiças, no Maranhão. A
TI Ituna/Itatá, no Pará, registrou 13 km² de mata derrubada e aparece na
primeira colocação da lista de terras indígenas que mais perderam área vegetal
em novembro de 2019.