O Mangal das Garças completa 15 anos de
funcionamento no próximo domingo, 12 de janeiro. A data, que também marca os
404 de fundação de Belém, será comemorada com uma programação especial, que
contará com apresentação de carimbó e educação ambiental para crianças. Os
participantes poderão levar para casa mudas de plantas doadas no local. A
programação começará às 10 h, com entrada franca, ao lado do Borboletário.
Os visitantes serão recebidos pelo grupo
Carimbó de Maria. Além de músicas autorais, o show terá um repertório com
composições de diversos artistas paraenses, como Dona Onete, Lia Sophia e
Mestre Verequete.
As crianças desfrutarão do Momento
Ecozoo, que apresentará quatro espécies encontradas no Parque, com informações
e curiosidades sobre iguana, marreca, guará e papagaio-do-mangue. O projeto
visa estimular o interesse das crianças pela natureza regional.
Quem for participar da programação ainda
poderá levar uma muda de planta, fruto de uma parceria com o Ideflor-Bio
(Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Pará).
Reconhecimento - Inaugurado em 2005, no
aniversário de 389 anos de Belém, o Mangal se mantém como um importante
presente à população da capital e aos turistas que visitam o local, já incluído
entre os principais cartões postais da capital paraense.
Com várias espécies de flora e fauna, o
Parque atrai mais de 250 mil visitantes ao ano. Atualmente, abriga 258 animais,
distribuídos entre 55 espécies de aves, peixes, répteis e insetos, além de
animais de vida livre, como garça, iguana, marreca, biguá, quero-quero, sabiá,
curió, entre tantos outros atraídos pela possibilidade de alimentação e refúgio
reprodutivo.
Muitas árvores brasileiras -
seringueira, cedro, mogno, ipế, ucuuba da várzea (espécie ameaçada de
extinção), palmeiras diversas, vitória-régia, morcegueira, samaúma, paricá,
pau-brasil, chuva de ouro, açacuzeira e abricó-de-macaco. Várias árvores
frutíferas e espécies exóticas também podem ser observadas nos 40 mil metros
quadrados de área de preservação do parque.
Referência - O Parque Mangal das Garças
se consolida como uma referência na reprodução em cativeiro de algumas espécies
nativas, como pavãozinho-do-Pará. O Parque também já é referência em todo o
Brasil na reprodução de guarás, sendo solicitado por instituições e
universidades a ceder animais para reintrodução na natureza, como ocorre no Rio
de Janeiro, por exemplo, por meio do Projeto "Volta Guará", da
Reserva Biológica de Guaratiba.
"Esses trabalhos de reprodução são
de grande importância para a biodiversidade brasileira, tanto em nível de
produção científica para novas tentativas, por parte de outras instituições,
como para a criação de um banco genético, em vista à crise ambiental",
informa Antonio Basílio, biólogo do Mangal.
O Mangal das Garças também é um espaço
de parcerias com diversas instituições e universidades para a promoção de
ensino e pesquisa, entre as quais a Universidade Federal do Pará (UFPA),
Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra), Universidade da Amazônia (Unama)
e Escola Superior da Amazônia (Esamaz).
"Além dos benefícios para o ensino
e a pesquisa, essas parcerias são importantes por fomentarem equipes
multidisciplinares a realizar um trabalho conjunto no cenário paraense, visando
à conservação e ao aproveitamento sustentável dos nossos recursos naturais,
assim como a conscientização da população residente e visitante", ressalta
o biólogo.
Educação ambiental - Antonio Basílio
também informa que em 2020 serão executados alguns projetos voltados à educação
ambiental, que incluem o adestramento de alguns animais do plantel, como
tuiuiú, guarás e aves de rapina, a fim de realizar apresentações para o
público.
"Esse trabalho irá possibilitar uma
maior sensibilização do público em relação à educação ambiental, fortalecendo a
mensagem de respeito pela natureza e de conhecimento da riqueza que possuímos,
assim como um maior bem-estar para os animais do Parque", afirma.
Serviço: Programação comemorativa aos 15
anos do Parque Mangal das Garças. Data: 12 de janeiro de 2020 (domingo), das 10
às 12 h, na área próxima ao Borboletário. Entrada franca.