Para reduzir o impacto na economia
paraense com as medidas restritivas de combate à pandemia de Covid-19, o
Programa "Fundo Esperança" assume um papel relevante na manutenção de
pequenos e médios negócios e, consequentemente, de empregos no setor. De acordo
com o secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia,
Adler Silveira, desde o último dia 28 de março o Fundo Esperança já liberou R$
22 milhões em créditos, e R$ 27 milhões aguardam apenas o saque pelos
cadastrados. Isso resulta em uma injeção de R$ 59 milhões na economia estadual.
"Nos últimos dias demos velocidade
ao atendimento, cruzando dados e filtrando critérios, via inteligência
artificial. Até hoje, o Programa fez 43 mil ligações a cadastrados. Desse
total, 32 mil solicitantes atenderam às chamadas, resultando em 26 mil propostas
aprovadas. Isso representa atualmente um total de R$ 59 milhões, sendo que R$
22 milhões já foram sacados", informou Adler Silveira.
Dispondo de R$ 200 milhões, o Fundo
Esperança, criado pelo Governo do Pará, por meio do Banco do Estado (Banpará),
em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas
(Sebrae-PA), destina crédito parcelado de até R$ 15 mil, com taxa de 0,2% ao
mês, em até 36 meses, podendo ser paga a primeira parcela depois de 90 dias.
Recursos próprios - Cerca de 100 mil
empreendedores e trabalhadores informais se inscreveram para ter acesso aos
recursos, e assim investirem no fluxo de caixa. "Se esse patamar de
atendimento for mantido, dentro de 20 a 25 dias teremos atendido todos os 100
mil inscritos. É importante dizer que essa injeção na economia vem de recursos
próprios do governo do Estado, para que a gente consiga avançar com o capital
circulando no setor, mantendo renda e emprego e garantindo que não haja um
colapso na nossa economia", enfatizou o titular da Secretaria de Estado de
Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia (Sedeme).
Apesar de o atendimento ficar mais ágil
com o sistema de análise automatizado, o superintendente do Sebrae-PA, Rubens
Magno, ressaltou que para o recurso ser utilizado os cadastrados precisam
atender à ligação do Fundo Esperança. "Todo dia fazemos uma média de 5 mil
ligações, mas aos finais de semana o número despenca porque as pessoas não nos
atendem. E a ordem dessas ligações segue a ordem de chegada destes cadastros ao
programa", explicou Rubens Magno, acrescentando que, via telefone, não é
pedido nenhum dado bancário do solicitante. As ligações são feitas de domingo a
domingo, das 8 às 20 h, pelo telefone exclusivo (91) 3289-7550.
"O governo do Estado está fazendo
um esforço gigantesco para ligar pra todo mundo. Tem muita gente precisando, e
muitos ainda não sacaram o dinheiro. Essas pessoas que não estão tirando o
dinheiro, tiram a vez de outras pessoas", frisou Rubens Magno,
recomendando que é preciso sacar logo o crédito liberado para que esse recurso
aqueça o mercado.
Para ter acesso ao crédito, os
candidatos (tanto pessoa física quanto pessoa jurídica) precisam preencher
alguns critérios:
Inscrição como Pessoa Física:
. Apresentar a comprovação da atividade
econômica;
. Ter CPF Ativo;
. Ter entre 18 e 81 anos;
. Não ser funcionário público;
. Não ser aposentado;
. Não ter feito o cadastro no Fundo
Esperança como pessoa jurídica;
. Não ter registro no Cadastro de
Emitente de Cheques sem Fundo (CCF);
Inscrição como Pessoa Jurídica:
. Ter CNPJ Ativo e com movimento;
. Ser microempreendedor individual
(MEI), microempresa (ME) ou empresa de pequeno porte (EPP) e cooperativa;
. Não ter pendência com o Programa
CredCidadão;
. Não estar inadimplente com o Banpará;
. Não ser aposentado;
. Não ter registro no Cadastro de
Emitente de Cheques sem Fundos (CCF).