Judiciário monitora medidas protetivas



De janeiro a março deste ano, o Judiciário paraense deferiu 2.036 medidas protetivas a mulheres vítimas de violência no Estado. Os dados da Coordenadoria Estadual das Mulheres em Situação de Violência Doméstica e Familiar (Cevid) do Tribunal de Justiça do Pará (TJPA), em parceria com a Coordenadoria de Estatística, apontam que, desse total, foram 696 medidas autorizadas em janeiro, 656 em fevereiro e 684 em março. No ano passado, 1.820 medidas protetivas expedidas no Pará de janeiro a março.

O Poder Judiciário do Pará monitora os casos de violência contra a mulher e continua a atender as vítimas nas Comarcas da Capital e no Interior do Estado. As Varas estão em funcionamento por meio do regime de trabalho remoto. As demandas são atendidas por telefone ou por e-mail. Enquanto vigorarem as medidas de isolamento social, com a suspensão do expediente presencial, a mulher vítima de qualquer violência deve procurar o Judiciário e os outros órgãos da rede estadual de proteção à mulher por meio de telefones e e-mails disponibilizados no portal do TJPA.

A juíza Reijjane de Oliveira, auxiliar da Cevid, coordenada pela desembargadora Célia Pinheiro, orienta que a mulher sob medida protetiva, cujo prazo de vigência extinguiu-se neste período de suspensão do atendimento presencial ou que esteja próximo de se encerrar, pode solicitar a renovação ou prorrogação da mesma. Para isso, ela deve entrar em contato com a Vara de tramitação de seu processo por meio dos canais de comunicação da unidade. É possível, também, fazer esse pedido por meio de seu advogado, do Ministério Público ou da Defensoria Pública do Estado.

O juiz titular da 4ª Vara Criminal da Comarca de Ananindeua, Emanoel Dias Mouta, afirmou que equipe da Vara acompanha diariamente as demandas solicitadas pelos canais de comunicação da unidade judiciária e que as análises de requerimentos prosseguem normalmente.  Os deferimentos de pedidos são cumpridos pelos oficiais de justiça em regime de plantão. O magistrado orienta que a vítima com pretensão de prorrogação ou renovação da medida de urgência deve entrar em contato com a unidade por meio dos contatos disponibilizados.

Apesar de não ser unidade exclusiva dos processos que envolvem violência doméstica, o juiz titular da 2ª Vara Criminal da Comarca de Castanhal, Líbio Moura, garante que as demandas merecem atenção redobrada no dia a dia forense, em especial as chamadas medidas protetivas. “Nesse período de isolamento pela pandemia da Covid-19 e suspensão do atendimento presencial, estamos ainda mais atentos e com o contato direto - via aplicativos de mensagens, e-mail e telefone - com os outros integrantes do sistema judiciário (Ministério Público, Defensoria Pública, advogados e DEAM), visando a prestação do serviço jurisdicional eficaz às vítimas e a todos que necessitem de uma decisão judicial. Importante asseverar que nossa atividade não parou e os canais de informação estão disponíveis no site do TJPA para acionamento ininterrupto”, afirma o magistrado.

Titular da Vara de Juizado de Violência contra Mulher da Comarca de Santarém, a juíza Carolina Maia reforça que o sistema de Segurança Pública, integrado pela Polícias Civil e Militar e Centro de Referência Maria do Pará; e o sistema de Justiça, formado pelo Judiciário paraense, Ministério Público e Defensoria Pública, continuam atuantes na prestação de atendimento à mulher. “A rede de proteção está atuando e é importante que as mulheres saibam que estão mantidas todas as formas de denúncia. O Judiciário está em funcionamento diariamente.  A apreciação de pleitos novos de medidas protetivas, de comunicação de descumprimento de medidas protetivas e pedidos de prorrogação de medidas protetivas está mantido. O acesso continua aberto a todas as reclamações”, afirma a magistrada

A juíza Luciana Maciel Ramos, que responde pela 1ª Vara de Violência contra a Mulher de Belém destaca que a unidade judiciária continua no atendimento dos casos envolvendo violência doméstica. A magistrada reforça a importância de a vítima entrar em contato com a Vara, por meio do e-mail e telefone. “No caso da 1º. Vara de Violência Doméstica, aumentamos os contatos com a vítima por meio telefônico, e-mail ou por aplicativo de mensagens, de forma que as medidas protetivas tenham andamento, mesmo diante das restrições de circulação que a quarentena nos impõe neste momento.  Já recebemos, inclusive, comunicação por e-mail de informações de descumprimento de medida protetiva já existente”, afirma a juíza.

Titular da 2ª Vara de Violência contra a Mulher de Belém, o juiz Maurício Ponte de Souza ressalta que estão contínuos todos os atendimentos de medidas urgentes, tais como medidas protetivas, prisões em flagrante, notícias de descumprimento e habeas corpus. “As vítimas podem entrar em contato por meio do e-mail da secretaria. A Deam continua também atendendo normalmente os casos de violência doméstica. Apesar de regime de trabalho remoto, as varas de violência continuam atuando na defesa das mulheres normalmente. Afora o e-mail da secretaria, são também canais de atendimento o Ministério Público e a Defensoria Pública por meio do Núcleo de Prevenção e Enfrentamento à Violência de Gênero”, orienta o magistrado.

A entrega de intimações às partes será feita pelos oficiais de Justiça, que se encontram em regime de plantão, e poderão fazê-las presencialmente, por telefone ou via WhatsApp, a fim de que os envolvidos em processos de violência doméstica e familiar contra a mulher (parte autora e o acusado), tomem ciência da concessão de medidas protetivas de urgência em favor das vítimas.

A mulher também pode se dirigir à Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (DEAM) mais próxima de sua residência ou ao Pará Paz Mulher, situado à avenida João Paulo II, 632, no bairro do Marco, em Belém. O Pará Paz Mulher agrega no mesmo espaço físico o Tribunal de Justiça do Pará (TJPA), Ministério Público do Pará (MPPA) e Defensoria Pública do Pará.

Com a notificação, a polícia encaminha via e-mail as solicitações de medidas protetivas aos Juizados de Violência contra a Mulher, nas quais são analisadas pelo magistrado em até 48 horas. Em seguida, é gerado um mandado de intimação, para que a parte autora e o acusado tomem ciência de sua concessão.

O agressor pode receber penalidades, como afastamento do lar e proibição de contato com a ofendida. Mandados de intimação de medidas protetivas são cumpridos em regime de plantão, ou seja, logo após sua expedição.

Para denunciar qualquer tipo de violência, a vítima também pode ligar para os telefones 190 ou 180.



Medidas Protetivas

2020

2019

Março

684

Março

628

Fevereiro

656

Fevereiro

574

Janeiro

696

Janeiro

618

Janeiro a Março

2.036

Janeiro a Março

1.820



Confira, abaixo, os contatos das unidades judiciárias especializadas e de outras instituições que integram rede estadual de proteção à mulher.



COMARCA DE BELÉM

Secretaria da 1ª Vara do Juizado de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher - 1mulherbelem@tjpa.jus.br; 1mulher@tjpa.jus.br

Secretaria da 2ª Vara do Juizado de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher - 2mulherbelem@tjpa.jus.br

Secretaria da 3ª Vara do Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher - 3mulherbelem@tjpa.jus.br

Coord. Estadual das Mulheres em Situação Violência Doméstica e Familiar - coord.mulheresviolenciadf@tjpa.jus.br



Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher – DEAM Belém

(91) 32466803 / 98915-1888

deampcpa@gmail.com

patrulhamariadapenhabelem@gmail.com



Defensoria Pública

Núcleo de Prevenção e Enfrentamento à Violência de Gênero (Nugen) - nugen.dpe@gmail.com

Atendimento à Mulher – (91) 99172-6296

Atendimento ao Homem – (91) 3217-2342 / 2342

Clique aqui para acessar o formulário de atendimento on-line



FÓRUM DISTRITAL DE ICOARACI

3ª. Vara Criminal - 3crimicoaraci@tjpa.jus.br - (91) 98946-8027 / 991029575



COMARCA DE ANANINDEUA

Secretaria da Vara de Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher - 4crimananindeua@tjpa.jus.br



COMARCA DE SANTA IZABEL

1ª Vara Criminal - 1crimsantaizabel@tjpa.jus.br - distribuicaostizabel@tjpa.jus.br



Ministério Público

Promotoria de Santa Izabel - mpsantaisabeldopara@mppa.mp.br



COMARCA DE CASTANHAL

2ª Vara Criminal de Castanhal - 2crimcastanhal@tjpa.jus.br

1ª Vara Criminal de Castanhal - 1crimcastanhal@tjpa.jus.br



Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher - DEAM Castanhal

(91) 3712-3928 - castanhal.deam@policiacivil.pa.gov.br



Ministério Público

Promotoria de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, Controle

Externo da Atividade Policial, Execução Penal e Direitos Humanos - danyllo@mppa.mp.br



COMARCA DE MARABÁ

3ª. Vara Criminal de Marabá - 3crimmaraba@tjpa.jus.br - (94) 3312-7816



Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher - DEAM Marabá

maraba.deam@policiacivil.pa.gov.br - (94) 99944-4892

Patrulha Maria da Penha (94) 98801-9879

Parápaz Polo Integrado Marabá – tabataparapaz@gmail.com / (94) 999444892



Defensoria Pública

Regional de Marabá - (94) 2103-8018 / 2dpcriminal@gmail.com



COMARCA DE SANTARÉM

Vara de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher - mulhersantarem@tjpa.jus.br



Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher  - DEAM Santarém

(93) 99131-2886 / deam.santarem@policiaciv.pa.gov.br



Ministério Público

Promotoria da Mulher de Santarém - rosianebalieiro@mppa.mp.br / fasilva@mppa.mp.br



Defensoria Pública

Regional de Santarém:

dppa.nrba@gmail.com.br



Centro de Referência Maria do Pará de Santarém

mariadoparastm@hotmail.com / lannejesus@gmail.com