Crédito: Ascom / Sema |
Um boletim especial divulgado pela
Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), nesta
quinta-feira (2), aponta que o mês de abril será de chuvas intensas na porção
norte e nordeste do Pará e dentro da normalidade nas outras regiões do Estado.
O prognóstico foi feito pela Semas em
parceria com pesquisadores do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet),
integrante da Rede de Previsão Climática e Hidrometeorológica do Pará (RPCH),
coordenada pelo órgão ambiental estadual.
Nordeste e Marajó
Nos municípios do nordeste paraense e do
Marajó, assim como em março, os volumes de água devem continuar acima da
normalidade, com valores mensais pluviométricos de 300 a 450 milímetros.
"Diferente do mês anterior, na
porção norte, o tempo quente e abafado deve predominar pela manhã e as chuvas
devem se concentrar no período vespertino, em muitas ocasiões em forma de
pancadas" - Saulo Carvalho,coordenador do Departamento de Meteorologia e
Hidrologia da Semas.
Ainda de acordo com coordenador, na
capital paraense e em boa parte do nordeste do Estado, as chuvas ainda devem
ser influenciadas pela ação direta e indireta da Zona de Convergência
Intertropical (ZCIT) e outros sistemas meteorológicos coadjuvantes.
Sul e Sudeste
A previsão para os municípios da porção
sul e sudeste do Estado é de redução acentuada no volume de água devido a
transição da estação chuvosa para o período de seca.
Cheia dos rios
Em Santarém, oeste paraense, a tendência
é que o rio Tapajós atinga, ainda na segunda quinzena de abril, a cota de
alerta de 7,1 metros. No caso de Marabá, no sudeste do Pará, apesar da
diminuição gradativa do nível do rio Tocantins em relação aos últimos dias, a
cota de alerta deve chegar aos 10 metros até meados de maio.
Balanço Março
Segundo o balanço, as fortes chuvas
registradas em março na região metropolitana de Belém e no nordeste paraense
foram causadas pela Zona de Convergência Intertropical (ZCIT), interações
inter-hemisféricas do hemisfério norte e até mesmo influência da Zona de
Convergência do Atlântico Sul (ZCAS).
"A combinação desses fenômenos
atmosféricos resultou em 931 milímetros de chuva na RMB, valor mais alto
registrado pela estação meteorológica do Inmet nos últimos 59 anos" -
Frank Baima, meteorologista da Semas.