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Agência Brasil
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A Pesquisa Nacional por Amostra de
Domicílios Contínua - Tecnologia da Informação e Comunicação (Pnad Contínua
TIC) 2018, divulgada hoje (29) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE), mostra que uma em cada quatro pessoas no Brasil não tem
acesso à internet. Em números totais, isso representa cerca de 46 milhões de
brasileiros que não acessam a rede.
Os dados, que se referem aos três
últimos meses de 2018, mostram ainda que o percentual de brasileiros com acesso
à internet aumentou no país de 2017 para 2018, passando de 69,8% para 74,7%,
mas que 25,3% ainda estão sem acesso. Em áreas rurais, o índice de pessoas sem
acesso é ainda maior que nas cidades, chega a 53,5%. Em áreas urbanas é 20,6%.
Quase a metade das pessoas que não têm
acesso à rede (41,6%) diz que o motivo para não acessar é não saber usar. Uma a
cada três (34,6%) diz não ter interesse. Para 11,8% delas, o serviço de acesso
à internet é caro e para 5,7%, o equipamento necessário para acessar a
internet, como celular, laptop e tablet, é caro.
Sem serviço
Para 4,5% das pessoas em todo o país que
não acessam a internet, o serviço não está disponível nos locais que
frequentam. Ou seja, mesmo que queiram, não conseguem contratar um pacote de
internet. Esse percentual é mais elevado na Região Norte, onde 13,8% daqueles
que não acessam a internet não têm acesso ao serviço nos locais que frequentam.
Na Região Sudeste, esse percentual é 1,9%.
“Então, talvez, para poder abranger,
aumentar esse acesso à internet a toda a extensão do país, investir na questão
da disponibilidade na Região Norte seja um caminho”, diz a gerente da Pnad
Contínua, Maria Lucia Vieira.
A pesquisa aponta também desigualdades
entre áreas rurais e urbanas. O percentual de moradores de áreas rurais que não
utilizam a internet porque o serviço não está disponível é 12%, dez vezes maior
que a da área urbana, 1,2%. Já o índice daqueles que dizem ser caro o
equipamento necessário chega a 7,3% na área rural, enquanto nas cidades é 5%.
Entre 2017 e 2018, no entanto, tanto na
área rural quanto na urbana o percentual de pessoas que utilizaram a internet
cresceu. Passou de 74,8% para 79,4%, em áreas urbanas, e de 39% para 46,5%, em
áreas rurais.
Internet em casa
O índice de domicílios com acesso à
internet também aumentou entre 2017 e 2018, passando de 74,9% para 79,1%. “O
crescimento mais acelerado da utilização da internet nos domicílios da área rural
contribuiu para reduzir a grande diferença em relação aos da área urbana”, diz
o texto. De 2017 para 2018, o percentual de domicílios em que a internet era
utilizada passou de 80,2% para 83,8% em área urbana e de 41% para 49,2% na área
rural.
Em relação à renda, nas casas onde havia
acesso à internet, o rendimento médio por pessoa era R$ 1.769, quase o dobro do
rendimento nas casas daqueles que não acessavam a rede, que era R$ 940.
Esta é a terceira vez que a (Pnad)
compila dados sobre Tecnologia da Informação e Comunicação. Os dados referem-se
ao quarto trimestre de 2018. A pesquisa trata do acesso à internet e à
televisão nos domicílios particulares permanentes e do acesso à internet e à
posse de telefone móvel celular para as pessoas de 10 anos ou mais de idade, o
que equivale a um total de cerca de 181,9 milhões de pessoas.