O Dia Nacional do Diabetes, celebrado em
26 de junho, é uma data criada para conscientizar os brasileiros sobre a doença
que, segundo o Atlas Mundial de Diabetes da IDF (Federação Internacional do
Diabetes), afeta 12,5 milhões de pessoas no Brasil. A previsão é que esse
número chegue a 20,3 milhões em 2045. No Pará, entre 2010 e 2016, o diabetes já
matou 12.751 pessoas, de acordo com o Sistema de Informações sobre Mortalidade
(SIM). No geral, Belém aparece como uma das capitais que tem o menor número de
pessoas com a enfermidade, 68.146, um total de 6,2% em relação as outras
cidades do Brasil.
As unidades municipais de saúde de Belém
garantem atenção integral e gratuita às pessoas que têm a doença, desenvolvendo
ações de prevenção, detecção, controle e tratamento medicamentoso, inclusive
com insulinas, reagentes e seringas. Desde o dia 1 de janeiro até 31 de maio,
Belém registrou 7.843 casos de diabetes da capital.
Segundo Márcio Nascimento, coordenador
da Referência Técnica de Política Nutricional da Secretaria Municipal de Saúde
(Sesma), as altas taxas de glicose acumuladas no sangue, com o passar do tempo
podem afetar os olhos, rins, nervos ou coração, sendo das mais importantes
causas de cegueira, insuficiência renal, amputações e doenças cardiovasculares,
particularmente, infarto e acidente vascular cerebral.
“A doença também tem sido
responsabilizada, entretanto, por contribuir para agravos, direta ou
indiretamente, no sistema musculoesquelético, no sistema digestório, na função
cognitiva e na saúde mental, além de ser associada a diversos tipos de câncer”,
afirma Márcio. O diabetes está associado a maiores taxas de hospitalizações e a
maior utilização dos serviços de saúde.
Márcio Nascimento alerta: “Os sintomas
do diabetes são silenciosos, portanto, é importante que o indivíduo adquira uma
boa qualidade de vida, controle sua glicemia e não deixe de fazer seus exames
periódicos, pois a melhor forma de diminuir os índices é a prevenção com a
prática de esportes e de uma alimentação saudável”.
O diabetes é uma doença crônica que pode
ser hereditária, por conta da qual o corpo não produz insulina ou não consegue
empregar adequadamente a insulina que produz. A doença também é adquirida
através de maus hábitos alimentares, estando diretamente relacionada com a
obesidade e o sedentarismo. Estima-se que 60% a 90% dos portadores da doença
sejam obesos.
A doença é reflexo também do estilo de
vida adotado pela população nas últimas décadas, que passou a ingerir excesso
de calorias através do açúcar e de carboidratos e diminuiu o gasto de energia –
muito por conta da evolução tecnológica, pois pequenas atividades que garantiam
perda calórica porque antes eram feitas manualmente foram trocadas por
aparelhos.