MPs e Defensorias cobram da Sespa transparência na divulgação dos números da pandemia no Pará




Cinco instituições do sistema de Justiça enviaram, na sexta-feira (12), recomendação conjunta à Secretaria de Saúde Pública do Pará (Sespa) cobrando melhorias na divulgação de casos e mortes provocados pelo novo coronavírus, para facilitar que a população entenda a gravidade do estado atual da pandemia.

Ministério Público Federal, Ministério Público do Estado do Pará, Ministério Público do Trabalho, Defensoria Pública da União e Defensoria Pública do Estado recomendam que os dados sejam divulgados de forma abrangente, consolidada e objetiva, e não apenas de forma fragmentada.

Na recomendação, os membros dos MPs e das Defensorias apontam que desde o final de maio os boletins epidemiológicos deixaram de informar o total de novos casos e mortes confirmados na data da publicação de cada boletim, e não foram mais publicados boletins com a soma de todos os dados divulgados no dia.

Em vez disso, nos boletins o governo vem separando os dados de acordo com a data e horário das ocorrências, e não divulga a somatória diária. São publicados boletins apenas com casos e mortes “nas últimas horas”, e casos e óbitos “acontecidos em dias anteriores”.

A recomendação destaca decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), contra a manutenção, pelo Ministério da Saúde, de metodologia semelhante à adotada pela Sespa. No último dia 8, Moraes determinou que o Ministério da Saúde restabelecesse a divulgação integral dos dados epidemiológicos.

Divulgação confusa – Para os MPs e Defensorias, a nova metodologia utilizada pela Sespa é confusa, não tem a menor confiabilidade e apenas se presta a aparentar uma situação menos grave do que realmente é, tendo em vista a falta de testes e a demora na divulgação dos resultados.

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