Crédito: Jader Paes / Agência Pará
Estrutura do futuro Terminal de Integração de Ananindeua
|
Quem passa pela rodovia BR-316, na
altura do km 6, próximo à entrada do conjunto Júlia Seffer, em Ananindeua, já
percebeu que o ritmo intenso das obras. Isso porque, naquele trecho, já é
possível ver os pilares do viaduto que está sendo construído no canteiro
central e lateral da via. Além disso, a construção dos túneis de acesso ao
futuro Terminal de Integração de Ananindeua entra em uma importante fase e,
dentro do Terminal, todas as plataformas para os ônibus que farão a integração
do sistema Bus Rapid Transit (BRT) já estão com a estrutura metálica montada.
Os serviços fazem parte das obras da
Nova BR-316, uma transformação que a principal entrada e saída rodoviária da
capital paraense vai ganhar ao longo dos próximos meses, como parte das obras
executadas pelo Governo do Pará, por meio do Núcleo de Gerenciamento de
Transporte Metropolitano (NGTM). O principal objetivo dos túneis de Ananindeua
é interligar a BR com o Terminal de Integração sem impactar o fluxo da rodovia.
Eles serão exclusivos para os ônibus do BRT Metropolitano. Já o viaduto vai
ligar o Terminal à avenida Ananin. Ele poderá ser utilizado por demais
veículos.
Atualmente, os dois túneis de acesso ao
terminal estão em fase estrutural, com cravação das estacas que farão as
paredes e execução das lajes superiores. "Depois dessa fase, será feita a
escavação para a execução da pista de rolamento dos ônibus dentro do túnel em
ambos os sentidos", diz Alberto Matta, diretor de obras do NGTM. Ao todo,
os túneis possuem cerca de 6 metros de profundidade e extensão de em torno de
500 metros cada um, da rodovia até o terminal, tanto de entrada quanto de
saída. "A construção do viaduto está com os pilares centrais concluídos e
já começaram a complementação dos pilares para a execução das vigas do
tabuleiro do viaduto", acrescenta Matta.
De acordo com o diretor-geral do NGTM,
Eduardo Ribeiro, outras intervenções são necessárias ao longo dos serviços, mas
o Governo, por meio do Núcleo, busca minimizar ao máximo os impactos aos
usuários da rodovia a fim de gerar melhorias na mobilidade urbana da região.
"As obras vão garantir uma série de
benefícios, como o estímulo à utilização do transporte coletivo, que deverá ser
mais rápido, seguro e confortável. Tudo isso repercute em questões econômicas,
de produtividade e ambientais, tanto para quem mora na Região Metropolitana,
quanto para quem mora em outros estados e passa por aqui. Todos serão
beneficiados com essa obra" - Eduardo Ribeiro, diretor-geral do NGTM.
Para isso, o Governo conta com a
compreensão da população durante a execução dos trabalhos. "Pedimos
paciência, pois uma obra desse porte é impossível que não mexa com a vida das
pessoas", reforça o engenheiro.
As obras da BR-316 ocorrem nos primeiros
10,8 quilômetros da via, do trecho entre o Entroncamento até a área próxima à
entrada da Alça Viária, em Marituba. Além dos Terminais de Integração de
Ananindeua e Marituba, também serão instaladas, ao todo, 26 estações de
passageiros (13 em cada sentido); 13 novas passarelas; quatro túneis de acesso
do BRT Metropolitano (dois em cada terminal) e o Centro de Controle Operacional
(CCO), na avenida Augusto Montenegro.
Serão implantadas pistas com três faixas
de rolamento com pavimento flexível nos dois sentidos, uma faixa em cada
sentido - exclusiva para o BRT -, duas ciclovias, sendo uma em cada sentido,
dois passeios para circulação de pedestres, faixa de piso tátil, rampas de
acessibilidade e mobiliário urbano, além do novo paisagismo.