Pará é o 3º no ranking de resgatados em trabalho escravo 2020


Dia 28 de janeiro, foi o Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo. O Pará, em 2020, ficou em 3º lugar no ranking de trabalhadores resgatados de condições análogas às de escravo. Infelizmente, a posição negativa de destaque não é novidade, nos últimos 5 anos, 453 pessoas foram encontradas nessas condições no Estado. 

De 2016 a 2020, o Ministério Público do Trabalho PA-AP (MPT) recebeu 354 denúncias de trabalho escravo, aliciamento e tráfico de trabalhadores, instaurou 226 inquéritos civis, moveu 58 ações judiciais e firmou 67 Termos de Ajuste de Conduta (TAC) com empregadores flagrados submetendo trabalhadores a condições degradantes. 

“Mesmo em 2020, com as dificuldades impostas pela pandemia, foi reestabelecido o grupo móvel regional de combate ao trabalho escravo e realizamos diversas forças-tarefas em conjunto com a Auditoria Fiscal do Trabalho do Pará, tendo inclusive havido resgate de 21 trabalhadores entre novembro e dezembro, no Município de Rondon do Pará”, informa a procuradora do Ministério Público do Trabalho Silvia Silva da Silva, da Coordenadoria Regional de Combate ao Trabalho Escravo (Conaete – MPT), ressaltando a importância da manutenção das operações para o número de resgates realizados no Estado do Pará. 

De acordo com dados da Subsecretaria de Inspeção do Trabalho, Minas Gerais foi o estado com mais ações fiscais de combate ao trabalho escravo no país, com 63 empregadores fiscalizados e com maior número de trabalhadores resgatados (351). Minas, desde 2013, lidera o ranking de trabalhadores encontrados em condições de trabalho análogas à de escravo no Brasil. 

Mato Grosso e São Paulo seguem Minas Gerais em número de fiscalizações: 22 e 21 ações fiscais, respectivamente. Já em número de trabalhadores vítimas, o Distrito Federal ficou em segundo lugar, com 78 trabalhadores, e em terceiro aparece o Pará com 76 resgatados. Goiás e Bahia tiveram 75 e 70 resgates, respectivamente.

 Operação Resgate 

Brasília – A Operação Resgate, anunciada nesta quinta-feira (28), resgatou até o momento 144 trabalhadores de condições análogas à escravidão. Houve fiscalizações em 23 Unidades da Federação. A operação teve início no dia 13 de janeiro, e é maior força-tarefa de combate ao trabalho escravo já realizada no Brasil. Integram a operação o Ministério Público do Trabalho (MPT), a Polícia Federal (PF), a Subsecretaria de Inspeção do Trabalho (SIT) do Ministério da Economia, o Ministério Público Federal (MPF) e a Defensoria Pública da União (DPU).

 Dentro da Operação, ocorreram no Pará, 3 resgates em uma propriedade rural localizada em São Félix do Xingu.

 • 5 pela equipe de PE (trabalhadores em parque de diversões)

• 1 pela equipe do PR (trabalhador explorado há

• mais de 15 anos, em condição degradante)

• 24 pela segunda equipe de GO (em plantações de laranja)

• 1 pela primeira equipe de GO (um senhor trabalhando há cerca 15 anos a troco de moradia).

• 3 pela equipe do MS (trabalhadores indígenas)

• 11 pela equipe da PB/RN (garimpo de Caulim no RN)

• 2 pela equipe do RJ (trabalhadoras domésticas).

• 13 pela equipe de Pirapora/MG (carvoarias)

• 14 pela equipe de Curvelo/MG (dos quais 2 adolescentes)

• 16 pela equipe de TO (rural, alojados em barracos de lona - número pendente de confirmação)

• 3 pela equipe do PA (ambiente rural, alojamento em barraco de lona)

• 7 pela equipe do RS (dos quais 2 pessoas com deficiência).

• 13 pela equipe de São Paulo/ SP (bolivianos em oficina de costura)

• 2 pela equipe de São Sebastião/SP

• 7 pela equipe do DF (resgatados em Cristalina/GO)

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