De acordo com estimativas da Organização
Mundial da Saúde (OMS), o inverno triplica as doenças respiratórias como gripe,
resfriado, rinite, sinusite e bronquite.
No período do inverno amazônico nas
regiões Norte e Nordeste, que se estende até abril, é comum a incidência de
resfriados e crises respiratórias.
Daniela Alves, farmacêutica do Hospital
5 de Outubro (HCO), em Canaã dos Carajás, alerta para o uso de antigripais sem
prescrição médica.
“A prática pode trazer sérios riscos à
saúde, e a atenção precisa ser redobrada durante o período do inverno
amazônico”, destacou a profissional da unidade gerenciada pela Pró-Saúde no
Pará.
A profissional ressalta que neste
período de inverno, os casos de gripe e resfriado aumentam e, consequentemente,
cresce o consumo dos medicamentos sem orientação profissional.
"A busca por orientação medica e
farmacêutica é essencial para que seja diminuído os riscos de intoxicações e
hospitalizações por este motivo”, aponta.
Daniela ressalta que o uso correto do
medicamento, respeitando horários e doses recomendados, também é fator
importante para uma boa recuperação.
Ainda de acordo com a OMS, três em cada
quatro brasileiros se automedicam. Os principais remédios usados em
automedicação, são os antitérmicos, analgésicos, anti-inflamatórios e xaropes
para tosse.
“Com o alivio dos sintomas as pessoas
postergam a procura pelo médico. E isso pode adiar o diagnóstico de doenças
mais graves”, reforça a farmacêutica.
Quais os riscos da automedicação?
Os analgésicos são usados para dores
leves e moderadas, como a dor de cabeça. Os anti-inflamatórios combatem dores
decorrentes de inflamações.
O uso indiscriminado pode agravar
problemas gástricos, ter ação anticoagulante, provocar hemorragias, prejudicar
pacientes com problema cardíaco ou renal e agravar a hipertensão.
Os antitérmicos são usados para diminuir
e estabilizar a temperatura do corpo. Pessoas com reação alérgica, ao usar o
antitérmico, podem sofrer edemas (inchaço) da glote, impedindo a passagem de ar
para os pulmões, e coceira.
Usado quando o nariz entope, o
descongestionante usado constantemente pode causar taquicardia, elevação da
pressão arterial, dependência e rinite medicamentosa.