Pará: vendas no varejo recuam 5,0% em março, quarto mês de queda consecutiva

  

Com recuo de 5,0% no volume de vendas, o comércio varejista do Pará sofreu a quarta queda consecutiva em março. Em parte motivado pelo lockdown de duas semanas imposto pelo decreto do Governo do Estado do Pará. Das 27 unidades da federação, apenas cinco tiveram resultados positivos no mês (Amazonas, Acre, Roraima, Mato Grosso e Rio de Janeiro). O Pará teve a nona maior queda entre os estados. As informações são da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), divulgada hoje (13), pelo IBGE.

 Para justificar o recuo nas vendas, em grande parte influenciado pelo impacto negativo do setor de móveis e eletrodomésticos, o gerente da PMC, Cristiano Santos, explica que “no primeiro momento, o setor teve um crescimento acentuado porque, estando em casa, as pessoas repuseram muita coisa tanto em móveis quanto em eletrodomésticos. Mas passada essa primeira fase, não há crescimentos tão expressivos assim”.

Apesar das quedas no volume de vendas, na variação acumulada de 12 meses o comércio varejista do Pará registra alta de 10,1%. O índice se justifica pelos meses de aquecimento do comércio (entre junho e agosto/2020), em que as vendas subiram exponencialmente em função da reabertura das lojas e do recebimento do auxílio emergencial. Já em dezembro as vendas caíram 6,6%, e desde então o volume de vendas segue decrescente no estado.

Quando comparado a março de 2020, o comércio varejista cresceu 9,3%. Já no acumulado no ano a alta foi de 7,8%.

Comércio varejista ampliado teve queda de 6,7% em março

As vendas no comércio varejista ampliado - que inclui as atividades de veículos, motos, partes e peças e de material de construção – caíram 6,7% em março, após variarem 0,5% no mês anterior. De acordo com Cristiano, “a atividade de material de construção teve um crescimento forte desde o início da pandemia, explicado tanto pelo auxílio emergencial, que possibilitou a aquisição por parte das famílias das camadas de mais baixa renda, como pela necessidade de construções e reformas emergenciais em casa. A partir de novembro, tivemos execução de obras maiores, como adaptação de edifícios em grandes cidades”. Em seguida, houve desaceleração do setor. Em dezembro, o comércio varejista ampliado apresentou índice negativo (-5,2%), seguido até então de quedas sucessivas. 

No acumulado no ano o índice apresenta alta de 7,6%. Já na comparação com março de 2020, o comércio varejista ampliado cresceu 12,7%.

 A PMC 

O objetivo da Pesquisa Mensal do Comércio - PMC é produzir indicadores que permitam acompanhar a evolução conjuntural do comércio varejista e do comércio varejista ampliado, divulgados na forma de série mensal de indicadores, em nível Brasil, por segmentos e por Unidade da Federação.