Já está em andamento o processo de remoção dos leitos e demais materiais que compuseram as instalações do Hospital de Campanha do Hangar, uma das estratégias mais importantes no processo de enfrentamento à pandemia no Pará.
O Hospital foi aberto em 10 de abril de
2020 pelo governo estadual, inicialmente com 420 leitos exclusivos para a
Covid-19 na regulação. Hoje, após 18 meses de funcionamento, apenas um paciente
segue internado em tratamento no local. No próximo sábado (16), uma cerimônia
oficial e ecumênica confirma o encerramento das atividades e início da retomada
do perfil original do complexo - processo esse que só deve ser concluído em
2022. Em um ano e meio de funcionamento, o HC Hangar salvou 4.944 vidas.
Entregue em 10 de abril para atender casos de baixa e média complexidade de pacientes da Região Metropolitana de Belém e a demanda das regiões nordeste e Marajó Oriental, o Hospital de Campanha chegou a ter todos os seus leitos sendo de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Em janeiro deste ano, foram abertos 40 novos leitos para receber pacientes vindo do Amazonas, que à época enfrentava problemas no abastecimento de oxigênio na rede hospitalar.
"Desde o início da pandemia o nosso
papel é garantir o acesso e o melhor atendimento na Saúde Pública do Estado e o
Hospital de Campanha do Hangar foi estratégico para conseguirmos salvar tantas
vidas. Nossos profissionais foram sempre incansáveis em suas atividades e para
nós é um orgulho muito grande encerrar essa etapa. Obrigado a todos que
estiveram na linha de frente e ajudaram a salvar mais de 5 mil vidas",
reconhece o titular da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), Rômulo
Rodovalho.
"As pessoas chegavam aqui com muita
ansiedade e muito medo da evolução da doença, se ia agravar, se as comorbidades
iriam piorar o quadro. E a gente ia trabalhando pela escuta, pela avaliação,
pelo contato com a família por videochamada. O tratamento aqui é uma tríade
composta por equipe, família e paciente. A gente vai sair daqui com um
sentimento de dever cumprido, e de alegria mesmo, por termos ajudado a devolver
tanta gente de volta para suas casas", relata.
Ao abrir, a unidade contava com 260
leitos de enfermaria e 160 UTI. No momento em que as atividades forem
encerradas, estará com 160 leitos em funcionamento, sendo 80 de enfermaria e 80
de UTI. Foram mais de 1,5 mil profissionais atuando, entre médicos,
enfermeiros, técnicos de enfermagem, fisioterapeutas, psicólogos, entre outros.