Escadaria de madeira será refeita - Foto Tássia Barros - Agência Belém |
Local que abrigou a Biblioteca Pública Municipal Avertano Rocha e o museu de Artes Populares, no distrito de Icoaraci, o Chalé Tavares Cardoso começou a receber serviços de reforma e o espaço, tombado como patrimônio histórico, vai passar por restauro total. O Chalé Tavares Cardoso foi transformado em biblioteca pública na década de 1970. Construído entre os anos de 1870 e 1912, por Eduardo Tavares Cardoso, dono de uma livraria, o prédio tem traços característicos da Belle Époque, período econômico do auge do ciclo da borracha no Pará.
Com a desativação do Chalé, em 2014, devido a problemas estruturais e desgaste pelo tempo, a biblioteca passou a funcionar em um local provisório, na orla do distrito. Agora, a obra de restauro se dará numa área total de 1900 metros quadrados e prezará por manter os traços originais da arquitetura do prédio. Toda a estrutura do térreo, andar superior e subsolo será recuperada, bem como o telhado. Também será feito um novo forro coberto por uma manta impermeabilizante, para evitar infiltrações.
“A obra está na fase de instalação de sondagem e execução de estacas-raiz, para reforçar toda a estrutura do prédio. Serão mais de 50 pontos de fundação com cerca de 20 metros de profundidade, cada um. Todo o reforço estrutural será metálico conforme recomendam os órgãos competentes para prédios tombados”, explica o diretor do Departamento de Obras Civis da Secretaria Municipal de Urbanismo (Seurb), Reinaldo Leite.
De acordo com o diretor, a fachada suntuosa e rica em detalhes será toda reconstituída. As duas cúpulas que integram as laterais da fachada serão reconstruídas em material metálico. Haverá ainda a recuperação de paredes, pisos, portas, janelas, esquadrias, divisórias, soleiras, peitoris e banheiros. E serão feitas as novas redes de drenagem, elétrica e hidrosanitária.
Um dos elementos de maior imponência no casarão, a extensa escadaria de madeira será refeita, respeitando os adornos e detalhes decorativos originais. O guarda corpo em madeira, tanto das escadarias quanto das varandas, será todo recuperado. “A empresa que está executando a obra garantiu que vai montar, no local, uma oficina de marcenaria para trabalhar minuciosamente cada peça de madeira que integra a decoração do prédio”, garante o diretor. A obra, iniciada no mês de julho, está orçada em R$2,6 milhões e tem previsão de conclusão em 12 meses.