No verão amazônico, as altas
temperaturas e a maior incidência de raios UVA e UVB fazem muita gente fugir de
ambientes abertos para evitar a luz solar. Mas é justamente ela a responsável
pela produção de 90% da vitamina D exigida pelo corpo humano. Além de auxiliar
na absorção e retenção de cálcio no organismo, a vitamina D pode ajudar na
prevenção e no controle de algumas doenças, como osteoporose, hipertensão,
diabetes, câncer de mama, distúrbios psiquiátricos, lúpus e outras doenças
autoimunes. O ideal, segundo os médicos, é
que a pessoa se exponha ao sol entre 15 e 20 minutos diariamente sem o uso de
protetor solar para que os raios UVB não sejam bloqueados. Braços e pernas são
as principais partes do corpo que devem ficar à mostra, porque quanto mais pele
exposta, mais vitamina é ativada.
“A vitamina D é um nutriente
necessário para a absorção de cálcio e para a obtenção de ossos saudáveis. A
principal fonte dessa vitamina é a exposição à luz solar, que ativa a vitamina
D em nossa pele. A alimentação também ajuda na absorção dessa vitamina, mas
poucos alimentos são fontes naturais. Além disso, ela também é responsável por
manter os sistemas imunológico, cardiovascular e neurológico funcionando
perfeitamente, além de fortificar ossos, dentes e músculos – inclusive o
coração. Importante na prevenção da osteoporose, também pode estar relacionada
à expectativa de vida”, explica o endocrinologista e consultor médico do
Laboratório Sabin, Juliano Zakir.
Para obter o diagnóstico preciso
do nível de vitamina D no organismo é necessário realizar um exame específico,
feito por meio da coleta de sangue do paciente com pelo menos 8 horas em
jejum. “Inicialmente é importante
destacar que este exame só deve ser realizado com orientação médica. A dosagem
de vitamina D têm várias utilidades distintas, portanto, pode ser útil em
pessoas de várias faixas etárias, em ambos os sexos e em diferentes contextos
clínicos”, esclarece o especialista.
O endocrinologista também
ressalta fontes auxiliares como os suplementos vitamínicos e o consumo de
alimentos como salmão, atum, sardinha, óleo de fígado de bacalhau e cogumelos.
“Na região amazônica as fontes mais ricas com este tipo de nutriente são os
peixes mais gordurosos (pacu, tambaqui e jaraqui) e o queijo do Marajó. O
consumo destes alimentos de forma saudável e sem excessos, auxilia a saúde do
paciente”, esclarece.