Prefeito de Nova Timboteua é afastado do cargo

Uma Ação Civil Pública ajuizada pelo promotor de Justiça Harrison Henrique da Cunha Bezerra resultou no afastamento do cargo do prefeito de Nova Timboteua, Luiz Carlos Castro (PTB). O afastamento ocorreu nesta terça-feira (24) quando o juiz Júlio Cézar Fortaleza de Lima acatou o pedido do MPPA. Entre as irregularidades praticadas pelo prefeito estão a contratação ilegal de servidores; realização de licitação sem que a empresa contratada possuísse capacidade técnica para a prestação de serviços; assinatura de contrato sem prévio parecer jurídico; assinatura de termo aditivo ilegal; permitir omissivamente que o dinheiro público fosse indevidamente utilizado na prestação de serviços que seriam de atribuição da empresa contratada; empregar, pessoalmente, dinheiro da Prefeitura na aquisição de combustível para os caminhões utilizados na coleta do lixo, entre outros.

No caso da coleta de lixo do município, o MP comprovou a existência de fraude no processo licitatório e constatou que os serviços de coleta eram executados pelos próprios servidores públicos de Nova Timboteua ou por pessoas contratadas e pagas diretamente pela prefeitura. O MP constatou ainda custos operacionais da prestação de serviços suportados pela própria prefeitura, além de dano ambiental causado pelos serviços irregulares de coleta de lixo, uma vez que o material era despejado a céu aberto. Sobre a denúncia de fraude em licitação, a investigação do Ministério Público constatou que a prefeitura contratou de forma fraudulenta a empresa W. DOS S. DA SILVA que alterou seu objeto empresarial um dia após a publicação do edital do certame, para que pudesse participar do mesmo.

A empresa não possuía autorização dos órgãos ambientais competentes e, tampouco, experiência na prestação dos serviços contratados sendo que participou como única concorrente vencendo o pregão, realizado sem prévio ou ulterior parecer jurídico. A prefeitura assinou o contrato administrativo com a empresa W. DOS S. DA SILVA EIRELI-EPP no valor de R$ 915.470,07.

Para o promotor Herrison Bezerra o afastamento do prefeito é a única forma de garantir a higidez da instrução processual, tendo em vista que todas as demais medidas cautelares decretadas não se mostraram idôneas. Além do prefeito, são citados no processo Jorge Miguel Faro Bittencourt, Diego de Souza Bittencourt, Fábio Miranda Viana, Willames dos Santos da Silva e Sidney Pereira Oliveira e as empresas D. de Souza Bitencourt - ME e W. Dos S. da Silva Eirelli – EPP.

·         Colaboração Assessoria de Imprensa/MP


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