Nesta sexta-feira, 21, é comemorado o
Dia Nacional da Alimentação na Escola. No Pará, ações da Empresa de Assistência
Técnica e Extensão Rural (Emater) têm reforçado o Programa Nacional de
Alimentação Escolar (Pnae), para que os alunos da rede pública tenham uma alimentação
mais fresca, sadia, regionalizada e produzida nas próprias comunidades. O
programa estabelece que no mínimo 30% da alimentação escolar deve ser adquirida
de agricultores familiares, podendo chegar esse percentual, até 100%.
O Pnae incentiva produtores a se
organizarem para produzir mais e melhor, escolas a se estruturarem para
receber, acondicionar e preparar melhor os alimentos, e gestores a melhor gerir
os sistemas, entre outros aspectos, que contribuem para a qualidade de vida de
alunos, produtores e ambientes físico e social.
Um município que tem se destacado é
Santa Izabel do Pará, que instalou uma equipe de trabalho formada por diversos
profissionais. Recentemente o Pnae fez uma chamada pública que agrupou 54
produtores de várias comunidades para fornecerem gêneros alimentícios para a
merenda das escolas públicas locais. Todos assinaram contratos no escritório
local da Emater. Esses produtores movimentaram, somente neste semestre, mais de
um milhão de reais no município.
A lista da cesta alimentar escolar
totaliza 18 produtos, nos quais se incluem: abóbora, banana, cariru, couve,
farinha de tapioca, feijão verde, jambu, tucupi, mamão e açaí líquido. Só os
produtores de tapioca movimentaram mais de 78 mil reais, considerando que a
meta para este item na cesta é de cerca de 10 toneladas de tapioca.
Também tem sido notável a experiência de
manejo de açaí de várzea e recuperação de áreas alteradas, realizada em
parceria com a Cooperativa de Produtores Agroextrativistas de Açaí de Santa
Izabel do Pará (Copraasip), o que permite a venda de açaí para o Pnae.
O projeto começou com 30 e já atinge 100
famílias de produtores das comunidades de Cacoal, São João do Flexal e Tacajós.
As metas incluem multiplicar matrizes selecionadas, implantar rede de sementes
e mudas, estabilizar a produção da polpa do açaí, fortalecer o processo de
verticalização e de produção de sementes e mudas; além de avançar no alcance de
outras plantações, como cacau e andiroba, em Sistemas Agroflorestais (SAF’s) e
em viveiros de mudas.
Essa experiência tem sido similar em
cada um dos 144 municípios do Pará, ressaltando o papel do produtor rural e da
Emater, com impacto nas atuações das escolas e dos gestores, e repercussão
positiva na vida de alunos e profissionais da educação pública.