Operação policial destroi dez plantações de maconha na divisa do Pará com o Maranhão

Uma operação policial realizada no nordeste paraense resultou na destruição de dez plantações de maconha e na apreensão de 1,5 mil pés da erva, além de 500 mudas, cinco quilos de sementes e parte da droga já beneficiada. Denominada de Tapera, a ação teve início na última segunda-feira (21) e prossegue ao longo desta semana. O primeiro balanço parcial, divulgado hoje, corresponde aos dois primeiros dias da operação, que envolve a participação de 30 policiais da Divisão Estadual de Narcóticos (Denarc) e das Superintendências da Polícia Civil nas Regiões Integradas de Segurança Pública Guamá (3ª RISP) e Caeté (6ª RISP), além de 12 policiais militares do Comando de Operações Especiais (CME), três peritos criminais do Centro de Perícias Científicas Renato Chaves e duas equipes - compostas por oito agentes - do Grupamento Aéreo de Segurança Pública do Pará (Graesp) no apoio com helicópteros para sobrevoo e localização dos roçados na região.

Segundo o delegado Hennison Jacob, diretor da Denarc, as áreas identificadas com roçados de maconha durante os levantamentos estão localizadas na região entre os rios Piriá e Gurupi, na divisa do Pará com o Maranhão. Ele explica que essa foi apenas uma das etapas da operação. "A ação policial vai prosseguir por outros municípios do Pará objetivando a localização e eliminação de plantações de maconha, bem como a identificação e prisão dos responsáveis por esses cultivos ilegais", explica.

Até o momento nenhuma prisão foi feita, pois ao perceber a chegada dos policiais às áreas de plantação os responsáveis abandonaram os locais, deixando para trás equipamentos e utensílios de trabalho, como baldes, galões para transporte de combustível e até um motor do tipo motobomba. Dentro de um dos campos de cultivo, localizado no meio da mata, os policiais encontraram fábricas clandestinas de armas artesanais, conhecidas como "bofetes", que são usadas em armadilhas instaladas para afastar possíveis invasores. No local, também havia cartuchos de arma de fogo que seriam usados nessas armas. Os pés de maconha encontrados foram retirados e em seguida queimados junto com os objetos usados no cultivo da droga.

Para localizar as áreas de plantação no meio da mata, os policiais contam com apoio de helicópteros, já que os terrenos são de grande extensão. Toda operação conta com apoio da Secretaria de Segurança Pública, da Delegacia Geral da Polícia Civil, Comando Geral da Polícia Militar e Centro de Perícias Científicas Renato Chaves.