Café é o vilão do mês de dezembro da cesta básica

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A alimentação básica dos paraenses encerrou 2016 entre as mais caras do país, com um reajuste no ano de 16,70%, percentual acima da inflação estimada em 6,47% para o mesmo período. Este percentual de alta acumulado em 2016 (jan-dez) ficou entre os três maiores do país. No mês passado (dez/2016), a alimentação básica comercializada em Belém apresentou recuo de preço, com queda de 1,24% em relação ao mês de nov/2016 e custou R$ 410,71.

Desde janeiro de 2016, o Dieese/PA mudou a metodologia da pesquisa da cesta básica e também passou a realizar o levantamento do preço do conjunto básico de bens alimentícios em todas as capitais brasileiras. Em 25 capitais foram verificados quedas e em apenas duas houve aumento.

Em Belém, no mês de dez/2016, alguns alimentos apresentaram queda de preços, com destaque para o feijão com recuo de 7,31%, seguido do tomate com queda de 3,97%; o arroz com queda de 2,21% e do leite com queda de 1,91%. Também no mês de dezembro/2016, o maior aumento foi verificado no preço do café, uma alta de 1,93%.

Segundo o Dieese/PA, no mês de dez/2016, o custo da cesta básica para uma família padrão paraense, composta de dois adultos e duas crianças, ficou em R$ 1.232,13 sendo necessários, portanto aproximadamente 1,4 salários mínimos para garantir as mínimas necessidades do trabalhador e sua família, somente com alimentação.

Doze meses

O balanço efetuado pelo Dieese/PA, sobre a trajetória do preço da alimentação básica dos paraenses no ano de 2016 (jan-dez) mostra alta quase generalizada dos produtos que compõem a cesta básica, com um reajuste acumulado de 16,70%.

A maioria dos produtos apresentou alta de preços, com destaque para a farinha de mandioca com reajuste de 63,16%, seguido do feijão com alta de 47,76%; manteiga com alta de 47,67%; banana com alta de 33,74%; café com alta de 26,61%; leite com alta de 24,15%; açúcar com alta de 18,03%; pão com alta de 13,59% e o arroz com alta de 11,34%. Também no mesmo período houve a queda no preço do tomate com recuo de 14,02%.

O valor do salário mínimo, segundo Dieese/PA deveria ser de R$ 3.856,23. Este valor é
cerca de 4,38 vezes maior que e o salário mínimo oficial de R$ 880,00 (vigente até

31.12.2016).