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Paricá - madeira que tem valor comercial - Foto Internet |
Um projeto piloto do escritório
local da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará
(Emater) em Bonito, na região bragantina, tem apostado no paricá, uma madeira
com considerável valor comercial, como estratégia de reflorestamento. Nos
últimos anos, o município figura na lista do Ministério do Meio Ambiente (MMA)
como um dos mais desmatados do Pará.
Iniciado em 2014, o projeto, que
tem o apoio do Banco da Amazônia, com financiamento da linha Eco do Programa
Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), é baseado no
plantio de cinco mil pés de paricá em sete hectares na propriedade do
agricultor Hamilton Ishikawa, onde o carro-chefe é a mandioca. O valor total de
recursos é de cerca de R$ 63 mil.
A propriedade está localizada na
Travessa do Burrinho, próximo à Vila do Santo Antônio. A previsão é que em 2021
a essência possa ser colhida e vendida para a indústria, que costuma usar na
fabricação de caixotes, móveis e cabos de vassoura, entre outros utensílios.
“Nosso maior objetivo é que a
experiência com o agricultor Ishikawa inspire, na prática, como exemplo real,
outros agricultores, e que o modelo venha a ser reproduzido em outras
propriedades atendidas pela Emater. É possível que a agricultura familiar seja
uma das condutoras da retomada do desenvolvimento sustentável de Bonito - e já
estamos provando isso”, diz o chefe do escritório local da Emater em Bonito, o
engenheiro florestal José Martins.