Hospital de Altamira promove campanha para prevenção de lesão por pressão



Popularmente conhecida como escara, a lesão por pressão é uma ferida na pele que surge, na maioria das vezes, em pacientes que têm dificuldade de locomoção e passam longos períodos deitados, provocando sofrimento e prolongando o período de internação. No Hospital Regional Público da Transamazônica, em Altamira, enfermeiros e técnicos de Enfermagem desenvolvem um trabalho preventivo para evitar a ocorrência dessas lesões. O HRPT adotou o protocolo de Prevenção de Lesão por Pressão, estabelecido pelo Ministério da Saúde, e promove ações educativas para orientar os colaboradores sobre o assunto.

Neste mês, o hospital promoveu a primeira edição da campanha de prevenção de lesão por pressão, com o slogan “Faça a sua parte: mude a posição e evite a pressão”. A iniciativa foi levada às unidades de Internação, Unidade de Terapia Intensiva e ao setor de Nefrologia, que atende pacientes renais crônicos.

Segundo a enfermeira Alnilan Ureal, durante a programação os colaboradores foram orientados sobre avaliação de risco e medidas preventivas. “Nesse encontro, alertamos para o risco de desenvolvimento desse tipo de lesão pelo paciente e destacamos que ela pode ser evitada com a aplicação correta de todos os planos de cuidados disponíveis na unidade”, comentou a enfermeira.

Dentre as medidas preventivas destacam-se a identificação e sinalização do usuário com risco de lesão por pressão, mudança de decúbito, manutenção de lençóis secos sem cisalhamentos, massagem de conforto e proteção de proeminências ósseas.

A enfermeira da UTI Adulto, Loreane Correa, destacou que a campanha contribui para o atendimento humanizado. “Aprovo irrestritamente a iniciativa de capacitar e esclarecer enfermeiros e técnicos de Enfermagem, por serem profissionais que lidam todos os dias com procedimentos complexos. Na UTI Adulto, por exemplo, o perfil dos pacientes os expõe ao risco de desenvolver lesão por pressão. Portanto, é sempre bem-vindo o conteúdo que permite aperfeiçoar o cuidado com o enfermo. Afinal, quanto mais se capacita, mais se previne e mais se melhora a assistência”, frisou.

Para a coordenadora do setor de Nefrologia, Rosivânia da Silva Barros, a inclusão do setor na programação foi fundamental. “Mesmo a hemodiálise sendo classificada como atendimento ambulatorial e não possuir leito ou maca, hoje o serviço é ofertado em poltronas. Por isso, nós orientamos que os nossos colaboradores façam a mudança de decúbito para evitar a pressão e deixar o usuário mais confortável. Esses treinamentos contínuos ajudam o profissional a desenvolver o domínio necessário para executar o procedimento”, explicou Rosivânia.

Atualmente, 239 técnicos de Enfermagem e 46 enfermeiros atuam no Hospital Regional Público da Transamazônica, que é gerenciado pela Pró-Saúde Associação Beneficente de Assistência Social e Hospitalar sob contrato com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa). Todos eles estão sendo orientados sobre a temática, o que, de acordo com a diretora de Enfermagem, Luciane Madruga, é essencial. “Com equipe preparada não há imprevistos ou ocorrências de lesão por pressão. Por isso, é fundamental capacitarmos nossos profissionais e, assim, oferecermos o melhor atendimento”, argumentou a gestora.