A Hora do Planeta é um blecaute
voluntário e simbólico promovido mundialmente pela organização ambiental WWF.
Neste ano a ação acontece no dia 25 de março e incentiva que entidades,
empresas e pessoas desliguem as luzes entre as 20h30 e 21h30 do horário local.
Criada em 2007 em Sydney, na Austrália, ela já se tornou o maior movimento pelo
meio ambiente do mundo, com mais de sete mil cidades participantes no ano
passado.
“Mais do que um simples apagar de
luzes, a Hora do Planeta é um convite para que as pessoas parem por cerca de
uma hora e reflitam sobre as nossas ações em relação ao meio ambiente; o que
temos feito e o que cada um pode fazer para diminuir o problema”, comenta o
diretor-executivo do WWF-Brasil, Maurício Voivodic. Para ele, o movimento é uma
demonstração globalizada de que o mundo quer ver em seus líderes a coragem para
enfrentar e reverter os diferentes desafios ambientais, cujos impactos
interferem na vida de toda a população.
A preocupação para evitar o
desperdício, o uso consciente de veículos individuais de transporte e a opção
de comprar produtos locais e que não agridam o meio ambiente são alguns dos
hábitos que Voivodic considera como importantes para a redução de danos ao meio
ambiente. “As causas e os efeitos das mudanças climáticas estão inseridos na
nossa vida. A resolução destas questões está muito relacionada à criação e ao
cumprimento de políticas públicas. Porém, se cada um repensar seus hábitos de
consumo, teremos uma grande melhoria na saúde do planeta”, continua Voivodic.
Atualmente, o Brasil tem
enfrentado sérios problemas relacionados às mudanças do clima, como a seca do
Nordeste, a diminuição de produção de alimentos ou o racionamento de água em
plena temporada de chuvas no Distrito Federal. De acordo com o coordenador do
programa Mudanças Climáticas e Energia do WWF-Brasil, André Nahur, a manutenção
de certos sistemas ultrapassados de investimento, como a contratação de energia
vinda de termelétricas, só piora o quadro para a população, pois produz mais
gases de efeito estufa (que agrava o aquecimento global) e deixa mais cara a
tarifa de eletricidade para os consumidores.
“O nosso país tem todas as
características para ser líder global na geração de eletricidade, com ampliação
da oferta de geração solar e eólica. O investimento de cinco anos em energia
solar em detrimento à térmica, por exemplo, pode gerar cerca de R$ 150 bilhões
de economia em 20 anos, além de mais empregos. Ao assumir uma liderança mais
forte e a tempo frente às mudanças climáticas, o Brasil pode se tornar um
exemplo de desenvolvimento sustentável e economia verde, contribuindo para o
bem-estar da população e para a segurança climática do planeta”, comenta Nahur.
No Brasil, em 2016, 156
municípios aderiram oficialmente à campanha, desligando por uma hora a
iluminação de 505 ícones, entre monumentos, espaços públicos e prédios
históricos. Para este ano, a expectativa é ainda maior, com o incentivo para
que pessoas e empresas organizem suas próprias atividades no sábado, 25 de
março.
Um convite ao engajamento
A Hora do Planeta acontece no
mundo todo no dia 25 de março, entre 20h30 e 21h30 do horário local, e há
diversas formas de fazer parte.
Para as cidades, a participação
acontece por meio de um Termo de Adesão, que deve ser assinado por alguma
autoridade local indicando quais monumentos e prédios públicos ficarão apagados
durante os 60 minutos.
Escolas, instituições privadas e
organizações também podem se engajar apagando as luzes e promovendo atividades
e eventos. Em 2016, foi contabilizada a participação de 165 empresas, além de
39 escolas e organizações não governamentais.
A novidade para este ano é que o
WWF-Brasil está buscando incentivar ainda mais a participação da sociedade.
Para isto, disponibilizou no site da Hora do Planeta (horadoplaneta.org.br) um
formulário para a inscrição de atividades e um material com dicas do que cada
um pode fazer para participar mais intensamente da campanha.
Sobre o WWF
O WWF-Brasil é uma organização
não governamental brasileira dedicada à conservação da natureza, com os
objetivos de harmonizar a atividade humana com a conservação da biodiversidade
e promover o uso racional dos recursos naturais em benefício dos cidadãos de
hoje e das futuras gerações. Criado em 1996, o WWF-Brasil desenvolve projetos
em todo o país e integra a Rede WWF, a maior rede mundial independente de
conservação da natureza, com atuação em mais de 100 países e o apoio de cerca
de 5 milhões de pessoas, incluindo associados e voluntários.
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