Representantes de 34 torcidas
organizadas do Clube do Remo e do Paysandu Sport Clube se reuniram com a
Polícia Militar, no auditório da PM, para receber orientações relativas aos
protocolos de segurança definidos para o Re-Pa neste domingo (26), válido pela
nona rodada do Campeonato Paraense de Futebol – Banparazão 2017. O encontro
reforçou a campanha de paz nos estádios, promovendo ações preventivas para
coibir episódios de violência antes, durante e depois das partidas de futebol.
“Essa reunião definiu os locais
de concentração de cada uma das torcidas e a organização do deslocamento das
mesmas até o Estádio Olímpico do Pará. Ela se faz necessária para evitar o encontro
das torcidas no acesso ao estádio”, disse o comandante do Batalhão de Polícia
de Eventos, tenente-coronel Fernando Oeiras.
A Polícia Militar do Pará vai
empregar 700 homens na segurança do evento. Na escolta das torcidas organizadas
ao Mangueirão, a PM contará com o apoio de cerca de 60 homens da Ronda Tática
Metropolitana (Rotam). A partir das 11h30, haverá policiais nos arredores do
estádio, acompanhando a saída e a chegada das torcidas organizadas. Como o
Paysandu é mandante do jogo, as torcidas bicolores foram orientadas a chegar
até as 14 horas ao Estádio Olímpico do Pará. Já as torcidas do Clube do Remo
deverão chegar das 14h em diante.
O comandante da Rotam, major
George Mariúba, destaca a importância da escolta da unidade na diminuição da violência
em dias de clássicos. “Estamos há cerca de três anos atuando nessa operação de
escolta das torcidas organizadas e a diminuição das ocorrências no entorno do
estádio vem sendo significativa”, garantiu.
Apoio – Dezoito torcidas
organizadas do Paysandu e 16 do Remo estiveram presentes à reunião, na qual
foram reforçadas recomendações como a proibição do uso de fogos de artifício e
de sinalizadores e a restrição à entrada no estádio portando bebidas
alcoólicas. O apoio da Polícia Militar do Pará foi elogiado por ambas as
torcidas.
“A polícia hoje é fundamental,
porque é ela que está intermediando essa nossa interação com a torcida
adversária. O nosso objetivo, enquanto torcidas organizadas, é fazer festa nos
estádios, e a PM está nos dando esse crédito de confiança e promovendo o
diálogo com o rival”, disse João Vítor Dantas, representante da Torcida
Bicolor, do Paysandu.
“Desde o surgimento do BPE, essa
parceria com as torcidas uniformizadas vem sendo fortalecida. Com isso, se
promove o diálogo que é fundamental para a conscientização dos torcedores da
importância da paz”, disse Cleuson Oliveira, 62 anos, representante da
Associação Recreativa Torcida Uniformizada Trovão Azul (Artuta), do Clube do
Remo.
Espelho - A interação da Polícia
Militar com as torcidas é considerada fundamental pela corporação para
consolidar as ações preventivas no combate à criminalidade. No último sábado, a
PM marcou presença na I Reunião das Torcidas Organizadas do Pará, que aconteceu
no auditório do Hospital Ophir Loyola. Durante o evento, foram discutidas
propostas para o fim da violência nos estádios.
Entre os palestrantes, o
tenente-coronel Fernando Oeiras, que se tornou um agente efetivo no reforço da
cultura da paz no futebol. No clássico deste domingo, por sugestão dele, os
jogadores de Remo e Paysandu posarão juntos para uma foto antes da partida,
trazendo uma faixa alusiva à paz.
“A gente sabe que essas ações no
gramado acabam influenciando a torcida, que vê os jogadores como ídolos e tenta
se espelhar neles”, disse Oeiras.
O jogo - O clássico entre Remo e
Paysandu começa às 16 horas deste domingo (26), no Estádio Olímpico do Pará. Os
ingressos para o clássico entre Remo e Paysandu custam R$ 40 (arquibancada) e
R$ 60 (cadeiras). As vendas começam nesta quinta-feira (23), nas bilheterias
dos estádios da Curuzu e Baenão, sede social e lojas oficiais dos clubes.