A presença dos hospitais regionais, com
a possibilidade de prestar uma assistência mais ampla à população, foram
fatores determinantes para definir quais aeródromos paraenses receberão
investimentos imediatos do governo federal para ampliação das atividades. O
anúncio dos quatro aeródromos foi feito em Brasília,
após reunião entre o presidente da Infraero, Antônio Claret, e o secretário
estadual de Transportes, Kléber Menezes, com a presença do senador Flexa
Ribeiro (PSDB/PA). Na mesma reunião, foram tratados detalhes sobre as
concessões que deverão atender ao Pará para a recuperação e requalificação da
infraestrutura aeroportuária do estado.
Itaituba, no oeste paraense; Redenção,
na região sul; Paragominas, na região sudeste e Breves, na Ilha do Marajó,
devem receber recursos da União para ampliação dos terminais de passageiros,
melhoramentos nas pistas de pouso e compra de equipamentos.
“Esses quatro aeródromos, exatamente por
neles estarem sendo feitos investimentos nos hospitais regionais, serão polos
de absorção de todos aqueles pacientes que precisam de um atendimento de alta
complexidade”, disse o secretário de Transportes, Kleber Menezes. Segundo o
titular da Setran, a proposta do Governo do Pará “foi muito bem recebida pelo
governo federal”. “Nós estamos hoje regularizando as outorgas desses aeródromos
para os novos modelos do padrão nacional, disse Menezes. “Vamos ter grandes
avanços, todos eles em prol da integração regional, já que o Pará tem uma
demanda muito grande de acessibilidade aeroviária não apenas por uma questão de
conforto mas, diria, até de uma necessidade do exercício pleno da nossa
cidadania”, concluiu o secretário.
Novos investimentos
Além dos quatro aeródromos citados na
reunião, outros 24 serão contemplados com melhorias, dentro de um programa de
recuperação de 270 pontos de embarque em todo o Brasil, como parte do Plano de
Incentivo à Aviação Regional, desenvolvido pelo governo federal em parceria com
os governos estaduais.
No Pará, os municípios beneficiados são
Almeirim, Altamira, Breves, Cametá, Castanhal, Conceição do Araguaia, Dom
Eliseu, Afuá, Itaituba, Jacareacanga, Marabá, Monte Alegre, Novo Progresso,
Oriximiná (Porto Trombetas), Ourilândia do Norte, Paragominas, Paraubepas,
Redenção, Rurópolis, Santana do Araguaia, Santarém, São Felix do Xingu e
Tucuruí.
O critério de seleção considerou uma
série de quesitos, mas o principal deles foi a região de influência. Foram
selecionadas cidades naturalmente polarizadoras, ou seja, municípios que detém serviços essenciais como
hospitais, bancos, correios e universidades, o que atrai populações das cidades
vizinhas.
As obras serão executadas pelo governo
federal e, uma vez concluídas, os aeródromos e aeroportos passarão a ser
administrados pelo governo do Pará.