Feira do Livro realizado no Hangar - Foto Cristino Martins |
A XXI Feira Pan-Amazônica do Livro registrou recorde de público em dia único, ao reunir no sábado (3), penúltimo dia do evento, 54 mil visitantes. O “feito” foi bastante comemorado pelo secretário de Cultura do Pará, Paulo Chaves, e pela coordenadora da Feira, Ana Catarina Brito, durante coletiva de imprensa realizada neste domingo (4), no Salão Marajó, no Hangar Convenções e Feiras da Amazônia.
Outra notícia que entusiasmou a
todos foi a assinatura de um projeto de lei, de autoria do presidente da
Assembleia Legislativa do Pará (Alepa), deputado Márcio Miranda, que torna a
Feira Pan-Amazônica do Livro patrimônio cultural e imaterial do Estado do Pará.
“É uma das feiras mais famosas do país, uma referência para os paraenses e para
estudiosos, livreiros e leitores de todo o Brasil. Estava mais do que na hora
dela ter seu reconhecimento registrado dessa forma”, detalhou o parlamentar,
que também participou da coletiva de imprensa. Ele anunciou ainda a ampliação
da Lei Semear, que incentiva e financia projetos culturais no Estado.
Seja para comprar livros,
participar de cursos, palestras, encontros literários, ir a shows, visitar
estandes ou até mesmo dar uma volta, a Feira foi local de visitação certo para
as 400 mil pessoas que passaram pelo local durante seus 10 dias. Ao todo, foram
comercializados 750 mil títulos, movimentando cerca de R$14 milhões, dentre
esses, R$4 milhões do CredLivro, benefício dado aos professores e técnicos do
Estado; R$600 mil para professores da Universidade do Estado do Pará (UEPA) e
outros R$600 mil da Prefeitura de Belém, disponibilizado para professores do
muniípio.
Para Robério Silva, representante
da Agência Nacional de Livrarias (ANL), o evento foi um “fenômeno”. “Para um
país que está em crise e para o setor livreiro que está em retração a pelo
menos dois anos, vender 750 mil livros é fenomenal. Mais uma vez a Feira
Pan-Amazônica se coloca entre as melhores do Brasil”, comentou.
O representante da ANL divulgou
também os temas mais procurados na edição de 2017. De acordo com um balanço
realizado em todos os estandes, os segmentos mais procurados da Feira foram os
romances, literatura brasileira (incluindo a poesia), literatura fantástica e
histórias em quadrinhos, livros técnicos (universitários) e livros para o Exame
Nacional do Ensino Médio (Enem), seguidos pelos religiosos e esotéricos,
infanto-juvenil e de autores paraenses.
Já entre os títulos mais
procurados o vencedor foi “A Cabana”, seguido por “O Homem Mais Inteligente da
História", “Depois de Você”, “As Provações de Apolo”, “Harry Potter e a
Criança Amaldiçoada” e "O Pequeno Príncipe”. Entre os técnicos, o Vade
Mecum 2017 e a Legislação Brasileira lideraram. Entre os infantis “Histórias
Para Dormir”, “Os Três Porquinhos”, “Soldadinho de Chumbo” e “Moana – As
Aventuras do Mar” ficaram na ponta.
“Isto não é uma Feira do Livro, é
um encontro, de cultura, arte, literatura, poesia, educação, onde o livro é a
moldura e a semente, onde ao mesmo tempo que ele emoldura essa série de
atividades (cursos, oficinas, teatro, encontro com autores) ele também prepara
para as feiras que virão (de Santarém e outra no Sul do Pará). Então o mais
importante não é a Feira e sim o que nós estamos formando: uma geração de novos
escritores, novos leitores, aprimoramento de professores e o interesse pela
educação e pela cultura”, finalizou o secretário de cultura, Paulo Chaves.
Indagado sobre as novidades para
2018, o secretário de cultura adiantou o escritor homenageado da próxima edição
e também o país. “Durante uma reunião nossa com diversos nomes da nossa
cultura, literatura, professores e estudiosos, posso dizer a vocês que o nome
foi um consenso de todos: Age de Carvalho. O escritor paraense, um jovem que
representa muito bem o Brasil que irá ressurgir. E o país homenageado não
poderia ser diferente, o nosso, o Brasil”, finalizou.