Hospital utiliza cadeira de PVC para melhorar circulação sanguínea de pacientes



Para melhorar a circulação sanguínea e acelerar a recuperação de pacientes acamados, o Hospital Regional do Sudeste do Pará - Dr. Geraldo Veloso (HRSP), em Marabá, adotou uma estratégia de baixo custo que tem se mostrado eficiente: uma cadeira acoplada no próprio leito do usuário. A estrutura é feita de canos de PVC e funciona como suporte para a coluna do paciente, proporcionando benefícios como o estímulo ao funcionamento regular de diversos órgãos e o aumento da força muscular.

Segundo o fisioterapeuta Juan Patrick Lima Carvalho, que sugeriu a confecção da primeira cadeira na unidade, a iniciativa também previne o risco de queda e otimiza o trabalho da equipe. 'Até então, fazíamos esse processo utilizando poltronas comuns. Com a cadeira sustentável, um dos pontos importantes é que reduzimos o risco de queda para esse paciente, uma vez que ele não é mais retirado do leito. Outro detalhe é que antes, para ser levado até a poltrona, dependendo do porte do paciente, poderiam ser necessárias até cinco pessoas para carregá-lo. E, na cadeira de PVC, basta um fisioterapeuta', afirmou ele.  

Seu Francisco Lexandre Lima, de 55 anos, foi um dos primeiros pacientes a utilizar a nova estrutura durante o período que ficou internado na Clínica Médica. Ele passava de uma a duas horas sentado na cadeira, em cada sessão. 'Eu me sinto bem melhor e já estou retomando os movimentos do lado que ficou paralisado após o acidente de moto que sofri', contou o açougueiro, momentos antes de receber alta hospitalar.

Baixo custo

Cano de PVC, cola e conexões foram utilizados na confecção da cadeira. Ela foi montada pelos colaboradores do setor de Manutenção, que se basearam em um modelo disponibilizado na internet. O custo dessa estrutura foi R$ 75, valor 12 vezes inferior ao de uma nova poltrona, cuja função é a mesma. O suporte é utilizado tanto na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) quanto nas Unidades de Internação.

Segurança do paciente

Para o diretor-geral do Hospital Regional do Sudeste do Pará, Valdemir Girato, iniciativas como essa ampliam a qualidade do atendimento e a segurança do paciente. 'Nos empenhamos para evitar eventos adversos com nossos pacientes, como a queda. Se a solução tem baixo impacto financeiro, melhor ainda, porque significa que estamos otimizando o recurso público e possibilitando novos investimentos para melhorar ainda mais o atendimento a esse mesmo usuário', argumentou o administrador.

Nesse sentido, recentemente, o Hospital Regional - unidade pública gerenciada pela Pró-Saúde Associação Beneficente de Assistência Social e Hospitalar, sob contrato com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) - adotou outra estratégia para reduzir o risco de queda na unidade, dessa vez de crianças que precisam de atendimento no Centro Cirúrgico. É o uso de motocas, como as que elas brincariam na própria casa, em substituição a macas. O brinquedo ajuda a acalmá-las e agiliza o procedimento médico.