Esporte olímpico e uma das 14
modalidades dos Jogos Escolares da Juventude (JEPs), maior evento esportivo
estudantil do país, o badminton ainda é um esporte pouco conhecido por muitos
brasileiros. Para difundir a prática do esporte nas escolas públicas, a
Secretaria de Estado de Educação (Seduc)
promove, no período de 22 a 24 deste mês, em Marabá, no sudeste
paraense, uma oficina para formação de professores da rede pública e de novos
praticantes da modalidade.
A oficina está sendo ministrada
por professores do Núcleo de Esporte e Lazer (NEL) da Seduc, em parceria com a
Prefeitura de Marabá, na quadra de esportes da Escola Plínio Pinheiro, na
Marabá Pioneira. O professor de Educação Física José Raimundo da Fonseca, um
dos técnicos da delegação paraense de badminton e monitor da oficina, informou
que a modalidade é olímpica há cerca de sete anos.
Princípios - Na edição deste ano
dos Jogos Escolares da Juventude o badminton será disputado nas categorias A
(de 12 a 14 anos) e B (14 a 17 anos), ao contrário das edições anteriores, que
incluíram somente a categoria A. “É uma esporte que tem como princípios
cooperação, harmonia, amizade, saber ganhar e perder, além de valores que
envolvem qualidades físicas, como desenvolver velocidade, equilíbrio, força e
coordenação motora”, disse o professor.
Este ano, a delegação paraense de
382 atletas que disputará os Jogos Escolares da Juventude terá quatro vagas
para praticantes de badminton. Os atletas da categoria A estarão entre os dias
12 e 21 de setembro em Curitiba (PR), e da categoria B, entre 16 e 25 de
novembro, em Brasília (DF).
Novos adeptos - O esporte, que
ainda não faz parte da grade de disciplinas de Educação Física, prende a
atenção de quem assiste e encanta quem pratica. É o que garante Paulo Roberto
Brito, presidente da Associação de Badminton de Marabá (Amab), conheceu a
modalidade há cerca de três anos. Também professor de Educação Física da Seduc,
ele enfatizou que o badminton possui uma dualidade. "De início há uma
resistência no momento da apresentação teórica, mas que acaba no momento que
ele começa a ser praticado, ganhando adeptos", disse o professor.
Jogado individualmente ou em
duplas, em uma quadra dividida por uma rede no meio, o badminton é parecido com
o tênis. É jogado com raquetes, mas ao invés da bolinha amarela do tênis o
objeto a ser rebatido é uma peteca, que chega a atingir 350 quilômetros por
hora.
O estudante Luiz Zimmer, 17 anos,
conheceu o badminton há dois dias e decidiu se tornar praticante. "Gosto
de futsal, mas o badminton me conquistou. Estou fazendo a oficina e, quando
terminar, vou comprar meu equipamento e passar a praticar e convidar colegas a
treinarem comigo", contou.
A oficina de badminton ocorre
paralelamente à etapa sul e sudeste dos Jogos Escolares da Juventude, sediada
em Marabá. Participam da seletiva 470 atletas, de 27 escolas: 14 estaduais, 11
municipais e duas particulares, dos municípios de Marabá, Rondon do Pará,
Jacundá, Parauapebas, Pacajá, Nova Ipixuna e Tucuruí.